13ª

Ministério do turismo, secretaria especial da cultura e belgo bekaert arames apresentam

Comunidade Real Parque Pankararus
(pesquisa realizada pela cocurador Pedro Smith)

Real Parque, São Paulo - SP

O Real Parque é uma favela situada na zona sul de São Paulo, próxima à Marginal Pinheiros, local nobre da cidade. Além de tantos fatores peculiares, é um local onde encontra-se talvez a maior concentração de pessoas habitantes e trabalhadoras de origem Pankararu, vindas, em grande parte, de Pernambuco.

 

Selma Pankararu, moradora antiga no local e referência de atuação no seu território, deixou para nós um breve registro sobre sua condição de vida, de tantas lutas e resiliências. Este relato pode ser ouvido pelo link a seguir, gravado para a 13ª BIA:

Além dos aspectos identitários e humanos, o local se caracteriza também por receber um processo histórico de intervenções arquitetônicas de moradia, coordenadas pela Prefeitura Municipal de São Paulo, pela Sehab (Secretaria da Habitação). Geni Sugai, colega e arquiteta da prefeitura que trabalhou no projeto de moradia do local, também deixou seus registros sobre a complexidade de elaborar um projeto de habitação social e executa-lo, tendo em vista a necessidade óbvia de acompanhamento dos moradores locais. Este relato pode ser visto no vídeo gravado por ela, disponível no YouTube:

Além destas informações apresentadas anteriormente por uma das responsáveis pelo projeto dos condomínios habitacionais, podemos ter o contato com as pranchas finais e fotos desta proposta:

Esta análise é interessante para pensarmos o quanto nós, arquitetes com formação acadêmica (tradicional) e detentores deste “poder”, inclusive como representantes do Estado (ente público), conseguimos realmente estabelecer um processo mútuo de construção coletiva. Depois de alguns anos de experiência, ainda não vislumbrei de fato esta aproximação real e genuína entre todas as partes envolvidas, notadamente deste entendimento das reais necessidades e culturas dos futuros moradores dos conjuntos habitacionais; a não ser com algumas assessorias técnicas incríveis, que desenvolvem métodos de envolvimento e participação social em todas as etapas da construção da moradia e também com experiências de mutirões e movimentos organizados de moradia. 

Pedro Smith