13ª

Ministério do turismo, secretaria especial da cultura e belgo bekaert arames apresentam

Feira da Praça Kantuta
(pesquisa realizada pelo cocurador Thiago Ahmose)

Canindé, São Paulo - SP

Por Thiago Iaqeb Ahmose

(transcrição da HQ)

Praça Kantuta – Canindé – São Paulo/SP – Todo domingo, das 10h às 17h

  • Uau!! E esse salgado perfeito?! Uma salteña, tipo de pastel assado boliviano!
  • A Feira da Praça da Kantuta começou há uns 20 anos atrás com uma senhora imigrante chamada Berta. Ela vendia anticucho na praça Santo Antônio do Pari. Junto dela, uma comunidade foi chegando e a barraquinha formou uma feira.

Com o tempo a Igreja Católica começou a reclamar da movimentação de pessoas na praça, e foi então que a prefeitura resolveu organizar a feira, que ela considerava clandestina. Procurando um espaço próximo, em 2002, ela veio para a praça da Kantuta.

  • Me falaram que na Bolívia a salteña foi especificamente criada pelas mãos de uma argentina. Parece que o nome pode ter variações então…
  • A praça é sucateada pelo poder público, que parece não se manifestar sobre. Ela é frequentada em geral pelos moradores ao redor, e transitada pelos trabalhadores em horários de almoço. Aos domingos ela ganha um brilho graças à feira!

Festa de La Citas. Aniversários de Nações Andinas. Dia de Santo Ekeko. Independência da Bolívia. Festa de La Paz. Dia das Mães. Sem falar das músicas, a venda de produtos variados e desfiles de dança pelos grupos Tintos, Caporares, São Simão, Morenada, Bolívia central, Diablada e Salay, todos grupos da mesma dança, a Tarqueada!

  • O recheio varia conforme a preparação. A massa é bem resistente, com base de farinha de trigo, gordura quente, água, sal e muuuito caldo!
  • Havia um projeto com o Instituto Federal (IFSP) aqui da frente, para a reforma da praça. Mas os patrocinadores fugiram e a faculdade nem sequer nos mandou o layout de nada… O projeto morreu e fomos descartados igual objetos…

Organizamos um total de 30 expositores, além de uma associação que efetua a parte burocrática da administração. A prefeitura abandonou a festa há anos, e hoje o que temos é uma piora nas condições pelo esvaziamento em massa resultado da Pandemia.

  • Tem que ficar ligeiro com o caldo fervendo que sai de dentro! Hahahaha! Melhor comer de colher mesmo! Eles próprios recomendam!

Tivemos uma queda gigante! De uma média de 150 de público, hoje temos 30. Veja à sua volta, tudo esvaziado! Os próprios expositores têm saído também para buscar renda de outras maneiras. Sempre fomos nós por nós, e a pandemia assegurou um desmonte disso tudo. Mas sabemos que desmontes nessa terra é um projeto né…