13ª

Ministério do turismo, secretaria especial da cultura e belgo bekaert arames apresentam

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04 de junho

Ponto final, ponto seguido – com Uýra Entrada livre

Local: CCSP - Rua Vergueiro, 1000, Paraíso, São Paulo - SP, 01504-000
Performance

Dois atos: pra lembrar, pra curar. Nas mãos, terra. Plantando em rito sobre o asfalto, ativa e faz ressurgir um sistema radicular em grande escala. Floresta viva e aguada pra gritos e apagamentos curar. Ponto final, ponto seguido, apresentada pela artista indígena Uýra, pensa e ativa ressurgimentos de Vida coberta pelas materialidades e imaginários coloniais. Terras, memórias, águas e florestas dormem debaixo do asfalto. Participação entre e com o público. 

Uýra é uma entidade híbrida, o entrelaçar dos conhecimentos científicos da biologia às sabedorias ancestrais indígenas. Chama as plantas por seus nomes populares e em latim, e assim evoca suas propriedades medicinais, seus gostos, seus cheiros, seus poderes. O resultado é uma compreensão complexa e intrincada da mata, um emaranhado de conhecimentos e buscas. Uýra se apresenta como “uma árvore que anda”. Nasceu em 2016, durante o processo de impeachment de Dilma Rousseff, quando a biólogo decidiu expandir sua pesquisa acadêmica e buscar formas de levar o debate sobre a conservação ambiental e os direitos indígenas e LGBT+ às comunidades de Manaus e seus arredores. Em aulas de arte e biologia, ou performances fotográficas, em maquiagens e camuflagens, em textos e instalações, o que Uýra faz é falar desde a floresta e com ela.