Restauro do Edifício do MASP Lina Bo Bardi e novo Edifício do MASP Pietro Maria Bardi

Edifício Pietro METRO Arquitetos e Neves Arquitetos/ Restauro Edifício Lina- Equipe MASP

Implantação do projeto: Brasil
Desenvolvimento do projeto: Brasil

Em 2014, a nova diretoria do MASP deu início a uma série de intervenções com o objetivo de adequar as instalações ao aumento do número de visitantes e recuperar os princípios fundamentais da arquitetura do edifício sede. Um dos principais desafios foi adaptar o edifício às normas de segurança contra incêndio, respeitando sua materialidade e valor histórico.

A solução adotada garante uma rota de fuga protegida contra fogo e fumaça por até 120 minutos, atendendo às exigências do Corpo de Bombeiros. O projeto incluiu a compartimentação da escada entre o térreo e o segundo pavimento, por meio de um sistema de esquadrias de aço e vidro resistentes ao fogo; a separação entre o primeiro e o segundo pavimentos por uma aba vertical que impede a propagação de fumaça e chamas; a reversão do sistema de ar-condicionado para funcionar como exaustão de fumaça; e a abertura de caixilhos do tipo tombar nas duas fachadas principais para permitir a entrada de ar externo.

As ações de restauro da estrutura de concreto dos pórticos externos e da laje de cobertura do vão livre aprofundaram a discussão sobre o restauro do concreto aparente no edifício sede, iniciada anteriormente com a intervenção nas fachadas para a instalação dos módulos de tombar. Todas essas intervenções tiveram como premissa a preservação das características originais do concreto histórico — textura, cor e paginação das formas — e foram precedidas por testes que validaram as soluções adotadas. No caso dos pórticos, também foram realizados ensaios laboratoriais para avaliar a durabilidade e o nível de proteção conferido à estrutura de concreto com a aplicação da pintura.

O projeto arquitetônico da reforma e ampliação do novo edifício e de sua conexão subterrânea com o da sede do MASP, propôs a demolição parcial da estrutura existente e a construção de nova estrutura sob a Avenida Paulista, permitindo a integração funcional plena do conjunto, tanto técnica como de público. A construção aumentou a área do museu em mais de 7mil m², com andares de galerias, salas de aula, reserva técnica, laboratório de restauro, restaurante, loja e áreas de eventos, ampliando as atividades realizadas hoje e a capacidade de recepção de visitantes.

O edifício é um prisma retangular regular com o térreo transparente, de acesso público. Uma pele em metal perfurado unifica as fachadas e permite o controle de iluminação e temperatura exigido para a exibição de obras de arte. Os sistemas de climatização, iluminação e segurança empregam as mais avançadas tecnologias disponíveis para museus. Os materiais utilizados : concreto aparente, aço, vidro e pedra, e os sistemas industrializados, permitem a configuração de espaços adequados aos padrões museológicos contemporâneos e fazem referência às características do MASP, garantindo a integração do conjunto.

O acesso dos visitantes é possível tanto pela Rua Professor Otávio Mendes – onde estão localizados a bilheteria e a loja do museu – quanto pela Avenida Paulista, onde o público terá acesso aos serviços de um restaurante/café. O primeiro andar conta com uma área multifuncional para receber exposições e eventos, e um terraço com vista para o Edifício Lina Bo Bardi. Os espaços dedicados a exposições ocupam 5 andares com pé-direito de 5 metros. São áreas flexíveis, que podem ser adaptadas a cada projeto expositivo.

Fique atento, três atividades acontecem antes da abertura da Bienal:

13/09 – atividade associada | oficina Terra em trama (foto ao lado);
15/09 – oficina Imaginando arquiteturas para um mundo quente – módulo 1 (inscrições até 13/09);
17/09 – dois filmes da 1ª sessão da Mostra Cinema, arquitetura e sociedade: Registros de um mundo quente.

(A programação ainda está em processo de inclusão no site; em breve ela estará completa)