Rebuilding flood resilience- Saraswati Ganpat Patil Rural School, Maharashtra, India

unTAG Architecture & Interiors, Mumbai, India

Implantação do projeto: India
Desenvolvimento do projeto: India

Reconstruindo a Resiliência contra Enchentes: Saraswati Vidyalaya, Kelthan

A Saraswati Vidyalaya é uma escola governamental rural extremamente econômica, situada às margens do rio Tansa, que educa 180 alunos do 8º ao 10º ano na aldeia tribal de Kelthan, em Palghar, Maharashtra. Sofrendo com a fúria da natureza, a escola ficou parcialmente submersa nas enchentes de 2019, o que causou danos irreparáveis à sua infraestrutura, tornando-a perigosa para alunos e professores ocuparem o local.
A jornada de Reconstrução da Resiliência começou em 2020, quando os arquitetos, junto com uma ONG local, decidiram intervir por meio de um processo participativo com professores e alunos da escola. Propôs-se que a escola fosse construída em duas fases, garantindo as aulas regulares durante a construção e, ao mesmo tempo, facilitando a captação de recursos.
A escola redesenhada, planejada com extrema sensibilidade ao clima e ao contexto regional, incorpora estratégias solares passivas. Proposta no canto nordeste do terreno de 1 acre (cerca de 4.000 m²), a forma construída ajuda a maximizar o campo de jogos da escola. A escola é elevada sobre palafitas para oferecer a menor resistência possível às águas das enchentes. O primeiro andar da Fase 1 possui três salas de aula bem iluminadas e cross-ventiladas com telhado de iluminação zenital (North-light), junto com uma sala dos professores, um vestiário feminino e banheiros. Essas salas de aula avistam a colina Mandakini e os campos de arroz exuberantes, um deleite visual para os alunos. A cozinha comunitária fica no térreo, servindo refeições diárias aos alunos. O plano térreo elevado tece um espaço social multifuncional, hospedando atividades escolares, reuniões comunitárias, postos médicos e campanhas de conscientização.
Uma paleta de materiais de origem local ajudou a alcançar um custo de construção inacreditável de Rs. 1200 por pé quadrado (aproximadamente US$ 13.5 por pé quadrado), garantindo uma baixa pegada de carbono para a construção. Com uma estrutura de concreto, o corpo desta escola sustentável é construído com tijolos vermelhos cozidos localmente, assentados em ligação Rat-trap (que cria uma câmara de ar dentro da parede). Isso reduz a quantidade de tijolos, ao mesmo tempo que fornece isolamento térmico para as salas de aula. Jalis (treliças) de tijolo em locais estratégicos atuam como filtros visuais e também garantem a flow de brisa. A técnica de laje Filler-Slab foi usada no térreo, na qual discos de barro artesanais locais são inseridos em um padrão de teto livre, reduzindo a quantidade de concreto enquanto adiciona estética vernacular. O piso de pedra indiana reciclada, usando pedras de descarte obtidas gratuitamente de fornecedores locais, foi usado para assentar o térreo, em um padrão inspirado no meandro do rio Tansa. Painéis isolantes puff no telhado garantem que as salas de aula permaneçam termicamente confortáveis durante todo o ano. Painéis solares montados no telhado tornam a escola com balanço energético zero (net-zero), autossuficiente em suas necessidades de energia. A fachada da escola, imaginada como uma interface biofílica, tem vasos verdes como um elemento de design importante, mantidos pelos alunos da escola. O espaço aberto ao redor foi parcialmente usado pelos alunos para cultivar vegetais sazonais, usados nas refeições diárias. Os alunos, junto com seus pais agricultores, contribuíram para a construção através do shramdaan (doação de trabalho), com treinamento prático em técnicas alternativas ministrado pelos arquitetos, agregando habilidades aos locais.
A Saraswati Vidyalaya tornou-se agora um exemplo de como as escolas rurais podem ser repensadas e construídas de forma sensível, econômica e ainda assim esteticamente bela. A Fase 1 gerou um imenso impacto social, com um aumento no número de matrículas, encorajando os pais tribais em situação de vulnerabilidade a exercerem seu direito à educação. Um esforço para elevar e capacitar o local, através do local e com o local.

Participe da programação de debates, oficinas e atividades associadas!

HOJE (14.10)

10h – mesa Panorama Urgente! O espaço como ato de permanência

15h – Mini-oficinas de Biomateriais no Lab Vivo [Esgotado]

17h – Mini-oficinas de Biomateriais no Lab Vivo [Esgotado]

18h – Lançamento do Guia “Educação Baseada na Natureza”

NOS PRÓXIMOS DIAS (15 a 19.10)

15.10 | 10h – Por uma Adaptação Antirracista

15.10 | 14h – oficina senseBox:bike : bicicletas e dados com tecnologias abertas

15.10 | 15h – Encontros acadêmicos: Escola da Cidade conversa com os curadores

15.10 | 15h – oficina Ateliê sustentável: jóias e acessórios de plástico reciclado no Lab Vivo [Esgotado]

15.10 | 18h – Assessorias técnicas a comunidades na Bahia

15.10 | 20h – atividade Carrinho Cine Fluxo na Ocupação Mauá

16.10 | 10h – Fórum de Presidentes CAU/SP

16.10 | 15h – Mini-oficinas de Biomateriais no Lab Vivo [Esgotado]

16.10 | 17h – Mini-oficinas de Biomateriais no Lab Vivo [Esgotado]

16.10 | 18h – mesa Reviver o Centro com Eduardo Paes (Prefeito do Rio de Janeiro e presidente da Frente Nacional dos Prefeitos), Alê Youssef (ex-Secretário de Cultura de São Paulo), Marta Moreira (sócia do escritório MMBB) 

16.10 – atividade Panorama Urgente! Visita ao Complexo Paraisópolis

17.10 | 10h – mesa Ciência Cidadã na Adaptação Climática

17.10 | 14h – mesa Mulheres Negras pelo Clima: fortalecendo as periferias urbanas 

17.10 | 15h30 – mesa Ação e justiça climática territorial

17.10 | 18h – mesa Periferia Viva

18.10 | 10h – mesa Agir para a adaptação climática a partir do Poder Público

18.10 | 10h – oficina Maratona de design para comunicar cidades justas, resilientes e de baixo carbono

18.10 | 14h – mesa Alcançando a descarbonização e a resiliência no ambiente construído

18.10 | 15h – Lançamento Livro Parque Orla Piratininga Alfredo Sirkis – Natureza, inovação e justiça socioambiental

18.10 | 16h – Lançamento da Publicação do II Seminário Emergência Climática e Cidade

18.10 | 18h30 – Sessão de Encerramento + Premiação do Concurso Internacional de Escolas da 14ª BIAsp 

19.10 | 16h – Deixe a água fluir…Uma homenagem para o arquiteto Kongjiang Yu e para os cinegrafistas Luiz Ferraz e Rubens Crispim 

19.10 | 17h – atividade Panorama Urgente! Visita ao projeto Panorama Lab no Jardim Panorama 

PARTICIPE! É TUDO GRATUITO!

A Bienal está aberta até 19 de outubro!

NOTA DE PESAR

Em profundo pesar, o Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento de São Paulo (IABsp) lamenta o falecimento do arquiteto e paisagista Kongjian Yu, uma referência global em urbanismo ecológico, e dos membros de sua equipe que o acompanhavam, tragicamente vitimados durante a gravação de um documentário. O instituto destaca a honra de tê-lo tido como participante na 14ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo, onde sua visão transformadora fortaleceu o diálogo entre desafios globais e realidades locais. O IABsp ressalta que a contribuição de Yu, que transcende fronteiras, permanecerá como inspiração para gerações e expressa suas condolências à China, aos familiares de todos os falecidos, amigos e a todos os impactados por seu gênio e dedicação. Leia a nota completa aqui.