The fluid territory: notes from the edge of the city

Boston Architectural College

Implantação do projeto: Brasil
Desenvolvimento do projeto: EUA

Estudante: Rodrigo Gallardo

The Fluid Territory explora a cidade além dos mapas, aquela que existe na memória, na experiência e nas histórias não contadas de seus habitantes. Em Vargem Grande, periferia de São Paulo, essa diferença se torna evidente: os mapas a mostram como um fragmento urbano em meio à floresta, mas a vida cotidiana revela outra realidade, marcada pela precariedade da habitação, pela falta de acolhimento das escolas e por um território vivido entre o medo e o esquecimento da natureza.

O projeto surge do diálogo com os moradores e da presença dos Guarani, reconhecendo que o território é compartilhado entre diferentes mundos: os jurua, que chegaram em busca de moradia, e o povo originário, cuja visão de mundo oferece outras formas de habitar. Em vez de impor respostas fechadas, as intervenções propõem condições abertas, capazes de acolher a diversidade de vozes e necessidades.

Na escola, corredores estreitos e salas quentes de metal dão lugar a espaços de encontro, onde o conhecimento circula além dos muros. Nas casas, o que antes era instabilidade se transforma em estruturas que fortalecem a permanência e a dignidade de seus moradores. A floresta, até então temida e distante, é reconectada por trilhas e percursos que convidam ao uso, ao convívio e à memória coletiva.

O trabalho não busca soluções definitivas, mas abrir possibilidades. Trata-se de pensar a arquitetura como um instrumento de escuta, capaz de fazer emergir aquilo que já existe de forma latente: a força da comunidade, a memória partilhada e a coexistência entre diferentes modos de vida. Se toda cidade é um palimpsesto de histórias sobrepostas, aqui o gesto arquitetônico não é apagar, mas revelar.

Mais do que construir edifícios, trata-se de construir condições para que novos caminhos possam ser abertos, caminhos em que a escola, a casa e a floresta deixam de ser fragmentos isolados para se tornarem parte de uma mesma trama coletiva.

Participe da programação de debates, oficinas e atividades associadas!

HOJE (06.10)

14h – oficina Soluções Baseadas na Natureza para a resiliência das cidades

19h –  Abertura no IABsp do Fórum SP 25

NOS PRÓXIMOS DIAS (07 a 010.10)

07.10 a 09.10 | 9h – oficina Arquitetos e engenheiros face aos desafios climáticos

07.10 | 14h – Fórum SP 25 Sessão Temática 1. Patrimônio ambiental, mudanças climáticas e políticas públicas

07.10 | 15h – oficina Soluções Baseadas na Natureza para a resiliência das cidades

07.10 | 15h – Mini-oficinas de Biomateriais no Lab Vivo

07.10 | 16h – Fórum SP 25 Sessão Temática 2. Conviver com as águas, adaptar as infraestruturas e ressignificar os resíduos

07.10 | 17h – Mini-oficinas de Biomateriais no Lab Vivo

07.10 | 18h – Fórum SP 25 Painel 1: Meio Ambiente, Infraestruturas e Riscos Urbanos

07.10 | Visita guiada Ação Pantanal

08.10 | 14h – Fórum SP 25 Sessão Temática 3. Reabilitar o patrimônio arquitetônico e urbano, valorizar as preexistências e construir verde

08.10 | 16h – Fórum SP 25 Sessão Temática 4. Circular e acessar juntos uma cidade sustentável

08.10 | 16h30 – Economia Circular: a matéria-prima Lynx no Lab Vivo

08.10 | 17h30 – sessão 6 da mostra Cinema, arquitetura e sociedade: registros de um mundo quente na Cinemateca

08.10 | 18h30 – Fórum SP 25 Painel 2: Produção da Cidade, Mobilidade e Patrimônio

09.10 | 14h – Fórum SP 25 Sessão Temática 5. Promover moradia digna e justiça climática

09.10 | 15h – Mini-oficinas de Biomateriais no Lab Vivo

09.10 | 16h – Fórum SP 25 Sessão Temática 6. Governar com inclusão, participação e controle social

09.10 | 17h – Mini-oficinas de Biomateriais no Lab Vivo

09.10 | 17h30 – sessão 6 da mostra Cinema, arquitetura e sociedade: registros de um mundo quente na Cinemateca

09.10 | 18h – Fórum SP 25 Painel 3: Governança, Representação e Participação Social 

10.10 | 14h30 – Periferia Sem Risco no contexto de mudanças climáticas

10.10 | 16h – Conhecer para Transformar: Planos Comunitários de Redução de Risco e Adaptação Climática

10.10 | 18h30 – Adaptação inclusiva: Soluções Baseadas na Natureza nas Periferias

10.10 e 12.10 | 9h – Oficina desenho: a arquitetura de Oscar Niemeyer no Parque Ibirapuera e o desafio climático

PARTICIPE! É TUDO GRATUITO!

E tem muito mais até 19 de outubro!

(Atividades e projetos ainda estão em processo de inclusão; em breve o site estará completo)

NOTA DE PESAR

Em profundo pesar, o Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento de São Paulo (IABsp) lamenta o falecimento do arquiteto e paisagista Kongjian Yu, uma referência global em urbanismo ecológico, e dos membros de sua equipe que o acompanhavam, tragicamente vitimados durante a gravação de um documentário. O instituto destaca a honra de tê-lo tido como participante na 14ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo, onde sua visão transformadora fortaleceu o diálogo entre desafios globais e realidades locais. O IABsp ressalta que a contribuição de Yu, que transcende fronteiras, permanecerá como inspiração para gerações e expressa suas condolências à China, aos familiares de todos os falecidos, amigos e a todos os impactados por seu gênio e dedicação. Leia a nota completa aqui.