Cinema, arquitetura e sociedade: registros de um mundo quente

Sessão 2 | Interior da terra + Topo

Como podem as cidades e suas arquiteturas enfrentar as emergências climáticas diante da tragédia exponencial, para além das estratégias construtivas e de suas tecnicidades? 

Em face de um cenário de tantas incertezas, o cinema – e a cultura de um modo geral – apresenta-se como ferramenta fundamental de denúncia, lançando indagações que interpelam a todos. Mas não apenas. Imagens em movimento sequenciadas são campo fértil para que se possa imaginar outros futuros, reinventar dinâmicas de convívio, alargar o debate sobre o consumo, pactuar verdadeiramente um equilíbrio entre humanos, espaço construído e meio ambiente.

Os desafios estão empilhados.

Esta mostra de filmes, alinhada ao pensamento curatorial da 14a BIAsp – Extremos: arquiteturas para um mundo quente, busca provocar criticamente o público a partir de uma seleção de longas e curtas-metragens, ficcionais e documentais, brasileiros e não-brasileiros, enquadrando os direitos humanos, saberes tradicionais, ciência e construções experimentais, extração de recursos naturais, preservação e justiça climática como personagens centrais.

Rafael Blas – curador/ programador

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Todas as sessões são gratuitas. A retirada de ingressos se dará na bilheteria da Cinemateca, uma hora antes das sessões.

Cinemateca: Largo Sen. Raul Cardoso, 207 – Vila Clementino, São Paulo – SP, 04021-070

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SESSÃO  2

INTERIOR DA TERRA 

Documentário, curta-metragem, 18 minutos
Ano: 2022
País: Brasil, França
Direção: Bianca Dacosta
Produção: Bianca Dacosta

Sinopse

Como uma investigação desde o céu até às profundezas da floresta, interior da terra é uma viagem que conduz através dos estratos até o interior do solo, revelando camadas de história enterradas e apagadas. O filme demonstra questões políticas profundas através de um relato histórico e atual da destruição da floresta amazónica e do seu povo de origem, contado através da história do povo Mura.


TOPO

Documentário, longa-metragem, 83 minutos
Ano: 2024
País: Brasil
Direção: Eugenio Puppo
Produção: Heco Produções

Sinopse

O sistema hídrico de Los Angeles está entre as infraestruturas maiores e mais controversas do mundo. Seguindo sua trajetória — desde os aquedutos e reservatórios até as estações de tratamento com luz ultravioleta, fontes termais, lagos e estações de semeadura de nuvens —, o filme revela as geografias e infraestruturas ocultas que sustentam a cidade. Ao explorar a modificação climática como parte dessa rede, ele revela como a intervenção humana no clima está profundamente entrelaçada com o controle e a sobrevivência da água em uma metrópole no deserto.

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PROGRAMAÇÃO COMPLETA

17.09 | quarta | 17h30 às 19h30
Sessão 1 | Quebrante + Iracema: uma transa amazônica

21.09 | domingo | 17h30 às 19h30
Sessão 2 | Interior da terra + Topo

24.09 | quarta | 17h30 às 19h30
Sessão 3 | Cores queimam + A queda do céu

01.10 | quarta | 17h30 às 19h30
Sessão 4 | Heyari + Rua do Pescador nº6

02.10 | quinta | 17h30 às 19h30
Sessão 5 | Recife frio + Rua do Pescador nº6

08.10 | quarta | 17h30 às 19h30
Sessão 6 | The Institute of Weather Modification + A queda do céu

09.10 | quinta | 17h30 às 19h30
Sessão 7 | O tempo que leva + O silêncio das ostras

Fique atento, três atividades acontecem antes da abertura da Bienal:

13/09 – atividade associada | oficina Terra em trama (foto ao lado);
15/09 – oficina Imaginando arquiteturas para um mundo quente – módulo 1 (inscrições até 13/09);
17/09 – dois filmes da 1ª sessão da Mostra Cinema, arquitetura e sociedade: Registros de um mundo quente.

(A programação ainda está em processo de inclusão no site; em breve ela estará completa)