Living Coast – Anchoring Jamaica’s Future

Jade University of Applied Sciences

Implantação do projeto: Jamaica
Desenvolvimento do projeto: Alemanha

Estudante: Vanessa Verona Herold
Orientação: R. Radulova-Stahmer & V. Katthagen

Costa Viva – Ancestrando o Futuro da Jamaica é uma proposta de design visionária dedicada a regenerar e proteger os frágeis ecossistemas costeiros da Jamaica. Concebido como uma rede de sete estações de reabilitação, o projeto se estende ao longo do litoral da ilha e aborda habitats diversos: orlas urbanas, manguezais, zonas de água salobra, prados de gramas marinhas e recifes de coral, ambientes de mar profundo, e praias arenosas e rochosas. Cada estação atua como um ponto de ancoragem, estrategicamente projetado para enfrentar os desafios de seu ambiente específico, contribuindo para um sistema de recuperação maior e interconectado.

As intervenções unem adaptação climática, restauração de ecossistemas e engajamento comunitário. Zonas úmidas flutuantes filtram a água e criam habitats para espécies aquáticas; quebra-mares bioativos protegem o litoral enquanto abrigam a biodiversidade marinha; viveiros de mangue e coral cultivam vida para reintrodução em áreas degradadas. Piscinas de resgate animal, pontes ecológicas e caiaques microfiltradores ilustram como estratégias baseadas na natureza podem se fundir com a arquitetura e o paisagismo. Esses exemplos são parte de uma visão mais ampla: juntas, as sete estações formam uma estrutura holística e transferível que fortalece a resiliência e redefine como os humanos interagem com as paisagens costeiras.

Embora todas as estações tenham sido exploradas conceitualmente, três foram estudadas em maior profundidade para exemplificar a abordagem estratégica: a Estação de Mangue em Jackson Bay, onde viveiros e passarelas elevadas restauram um vital sumidouro de carbono; a Estação de Praia Arenosa e Rochosa em Unity Bay, onde a costa e as tartarugas marinhas são protegidas por meio de defesas bioativas e um centro de resgate; e a Estação de Estuário em Buff Bay, onde pontes ecológicas e piscinas de retenção de água revitalizam frágeis fozes de rios. Juntas, elas demonstram como estratégias adaptadas localmente se tornam parte de um único sistema vivo.

Por trás deste projeto está Vanessa Verona Herold, uma mestranda alemã-jamaicana em Arquitetura na Jade University of Applied Sciences em Oldenburg, Alemanha. Após concluir sua graduação com distinção, ela está atualmente finalizando sua tese de mestrado com resultados excelentes. Seus estudos anteriores em Arte, Mídia, Filosofia e Ética moldaram uma abordagem de design criativa, porém reflexiva, equilibrando imaginação artística com um profundo senso de responsabilidade ecológica. Com foco em edificações culturais públicas e design urbano, ela integra consistentemente dimensões sociais e ambientais em seu trabalho.

O projeto foi desenvolvido no âmbito da disciplina de mestrado “Projeto de Design Individual” sob a orientação da Prof.ª Dr.-Ing. Radostina Radulova-Stahmer (Design Urbano Regenerativo) e do Prof. Dipl.-Ing. M.Sc. Volker Katthagen (Design Urbano e Planejamento Paisagístico). Ambos a encorajaram a explorar a interseção entre arquitetura, ecologia e comunidade, enquanto ela concebeu e desenvolveu o conceito de forma independente.

Para Herold, Costa Viva é mais do que um exercício acadêmico — é uma visão pessoal profundamente conectada à sua herança jamaicana e à sua convicção de que a sustentabilidade na arquitetura deve ir além do design centrado no ser humano. “A sustentabilidade”, ela enfatiza, “não é opcional. É uma responsabilidade fundamental — para com as futuras gerações, para com o passado que honramos e para com os ecossistemas dos quais dependemos.”

Ao ancorar a recuperação ecológica ao longo da costa jamaicana, Costa Viva oferece não apenas um roteiro esperançoso para a conservação da biodiversidade e a resiliência climática, mas também uma estratégia escalável para regiões costeiras em todo o mundo — uma promessa de salvaguardar a riqueza natural da ilha e inspirar futuros sustentáveis para as gerações que estão por vir.

Participe da programação de debates, oficinas e atividades associadas!

HOJE (27.09):

10h30 às 20h30 – Fórum SP Meeting

16h – Lançamento do livro Habitação Coletiva: BR/NL

NOS PRÓXIMOS DIAS (28.09 a 03.10)

28.09 – Fórum SP Meeting

28.09 – oficinas Primeiro Tempo e CLIMATIVA: Plano de Ação Climática para cidades brasileiras

28.09 – 4º Festival da Jóia no Parque da Jóia e atividade Território do Rio Bixiga refloresta canudos na Horta Denuzia

29.09 a 03.10 – oficina Embodied landscapes

30.09 e 02.10 – Mini-oficinas de Biomateriais no Lab Vivo

30.09 – Visita guiada da Ação Pantanal

01.10 – conferência Meios de produção com Jane Hall

01.10 e 02.10 – sessão 4 e sessão 5 da mostra Cinema, arquitetura e sociedade na cinemateca

01.10 – oficina Entre lâminas e vãos: modelos de projetos em MLC

01.10 – oficina Gramáticas da Natureza – arquiteturas do ínfimo no Lab Vivo

02.10 – filme A Força da Forma – viga lenticular fletida em madeira no IABsp

02.10 – Quintas Ameríndias na Oca. Amazônias das Margens aos Extremos: Labya-Yala da FAU-USP

02.10 – mesas Preservar a biodiversidade na cidade + Árvores e Justiça Térmica

03.10 – mesas Políticas de moradia para a população em situação de rua e a experiência do Fundo FICA + Inovando a Regularização de Moradias Populares + Equipamentos culturais em edifícios históricos adaptados

03.10 – Oficina de Concepção de Estruturas de Madeira com FIBRA no IABsp

03.10 – Visita ao Parque Morro Grande

PARTICIPE! É TUDO GRATUITO!

E tem muito mais até 19 de outubro!

(Atividades e projetos ainda estão em processo de inclusão; em breve o site estará completo)

NOTA DE PESAR

Em profundo pesar, o Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento de São Paulo (IABsp) lamenta o falecimento do arquiteto e paisagista Kongjian Yu, uma referência global em urbanismo ecológico, e dos membros de sua equipe que o acompanhavam, tragicamente vitimados durante a gravação de um documentário. O instituto destaca a honra de tê-lo tido como participante na 14ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo, onde sua visão transformadora fortaleceu o diálogo entre desafios globais e realidades locais. O IABsp ressalta que a contribuição de Yu, que transcende fronteiras, permanecerá como inspiração para gerações e expressa suas condolências à China, aos familiares de todos os falecidos, amigos e a todos os impactados por seu gênio e dedicação. Leia a nota completa aqui.