Após uma palestra interativa conduzida pelos arquitetos e urbanistas José Bueno e Riciane Pombo, convidaremos os participantes para uma caminhada guiada pelo Parque para compreender a formação do Lago do Ibirapuera pela Bacia do Rio Sapateiro com o suporte do Audio Guia “Aguas do Ibirapuera” produzido em parceria com o Museu de Arte Moderna em 2022

Rios e Ruas foi criado em 2010 pelo arquiteto e urbanista social José Bueno e o geógrafo Luiz de Campos Jr para transformar a percepção de milhões de brasileiros a respeito da realidade sofrida de rios e riachos confinados vivos sob o tecido urbano das cidades. Tem por missão promover e inspirar múltiplas ações para estimular a descoberta, o reconhecimento e o desejo de rios saneados e regenerados nas cidades brasileiras.

Mais do que um projeto de educação socioambiental, Rios e Ruas integra arte, ciência e cultura de uma forma única, tendo inspirado e realizado centenas de ações ao longo de sua trajetória de 15 anos de existência. Essas ações já impactaram milhares de pessoas, seja por meio de expedições pela cidade, mostras culturais e artísticas, publicações, documentários, palestras inspiradoras ou como tema central em inúmeras matérias na imprensa.

Riciane Pombo é arquiteta e urbanista fundadora da Guajava Arquitetura da Paisagem e Urbanismo. Especialista em projetos de arquitetura e planejamento ambiental e urbano, como parques, praças e restauração de rios, sistemas de drenagem para bacias hidrográficas aplicando princípios de infraestrutura verde e Soluções Baseadas na Natureza – SBN. Desenvolvimento de materiais técnicos e didáticos sobre SBN apoiando a formulação de politicas publicas para este tema em âmbito nacional e internacional.

Vagas: 50

Gratuito

Inscrições:

As inscrições devem ser feitas pelo formulário disponível aqui.

A seleção será feita por ordem de inscrição.

As inscrições estarão abertas até o inicio da Oficina, no local, desde que haja vagas disponíveis.

A proposta da oficina “Ensaio para o Depois” consiste na atividade de reutilização crítica e criativa de material descartado em obras e montagens cenográficas e de elementos trazidos pelos participantes. Será a primeira ação presencial da SuB, uma comunidade de arquitet@s de distintas regiões do Brasil, que se reúnem periodicamente para conversar sobre o campo ampliado da arquitetura, artes e prática profissional. Os membros dessa comunidade vivenciam nesses encontros a possibilidade de diálogo entre distintos profissionais fora do ambiente estritamente acadêmico. Esse é um resultado de uma iniciativa de arquitet@s que após concluírem doutorado, perceberam a lacuna que havia no diálogo entre os profissionais da área acadêmica e os que trabalham na prática da profissão e em outros campos da arquitetura.

O objetivo geral da proposta não é apenas ensaiar construções em cenários extremos e reutilizar o que já existe, mas, sobretudo, criar em comunidade. A Oficina poderá oferecer aos visitantes da Bienal de São Paulo a oportunidade de conhecer outras pessoas, não só opinando em palestras ou rodas de conversa, mas também levando para casa aquilo que constroem coletivamente. De modo similar, a Comunidade SuB vem promovendo, nos últimos meses, encontros de conversas, pautados em eixos temáticos atuais e urgentes, com profissionais de diferentes áreas dentro da arquitetura, muitos dos quais atuam no campo ampliado entre arte e arquitetura.

Assim, nessa ocasião, por meio da manipulação dos objetos descartados, esperamos que a oficina conduza os participantes por uma experiência sensorial, reflexiva, construtiva e colaborativa, ativando imaginários sobre como habitar os mundos que virão. Ao fim, teremos ensaiado criativamente, diante da precariedade e da escassez, como transformar usos e significados dos objetos disponibilizados a fim de recriar a noção de indivíduo/comunidade. Tendo como plano de fundo a emergência climática e social, ensaiaremos os limites e as possibilidades de projetar no improviso e no desconforto, indagando as implicações de um corpo coletivo nas construções do Depois. Ao experimentar em grupo formas mínimas construídas, os participantes ativam senso de cooperação, capacidade fundamental para reconstruir a ideia de comunidade em tempos de crise. O Depois que se ensaia aqui é baseado na emergência, e um convite a imaginações coletivas e a futuros possíveis, construídos em comum.

Vagas: 25 em cada dia

Gratuito

Inscrições:

As inscrições devem ser feitas pelo formulário disponível aqui.

A seleção será feita por ordem de inscrição.

As inscrições estarão abertas até o inicio da Oficina, no local, desde que haja vagas disponíveis.

É possível se inscrever para os dois dias de Oficina.

O workshop “A Arquitetura de Oscar Niemeyer no Parque Ibirapuera e o Desafio Climático” convida os participantes a refletirem sobre a relação entre modernismo, cidade e sustentabilidade.

O ponto de partida será o conjunto arquitetônico do Parque Ibirapuera, marco de celebração do modernismo brasileiro, onde Niemeyer propôs espaços fluídos, leves e abertos à convivência. Mais de meio século depois, esses mesmos edifícios e sua inserção no parque se tornam campo fértil para uma questão atual: de que maneira a arquitetura pode responder às exigências de conforto ambiental e às transformações impostas pelas mudanças climáticas?

O objetivo do curso é desenvolver a observação crítica por meio do desenho, explorando como elementos arquitetônicos — como a monumentalidade das curvas, o uso do concreto, a relação entre espaços cobertos e abertos — dialogam com fatores ambientais como insolação, sombreamento, ventilação e drenagem. A proposta combina momentos teóricos, que apresentam a história do Parque Ibirapuera e seu impacto no planejamento urbano de São Paulo, com atividades práticas de desenho de observação no próprio espaço do parque.

As práticas artísticas serão voltadas ao aprendizado e ao aprimoramento de técnicas como traços, proporção, perspectiva e estudo da luz, incentivando cada participante a registrar percepções próprias e a traduzir em desenho a experiência de observar a arquitetura em contexto climático. No final do curso haverá uma exposição dos trabalhos desenvolvidos.

O workshop é conduzido pelo professor arquiteto Leopoldo Schettino, italiano, formado pela Facoltà di Architettura da Università degli Studi di Napoli Federico II e Mestre em Arquitetura e Urbanismo pela FAU-USP. Sua atuação inclui sua contratação da prefeitura de Pompei (Nápoles), no desenvolvimento do plano diretor da cidade e em projetos de requalificação de áreas livres — como praças e jardins —, experiência que consolidou sua reflexão sobre a relação entre espaço urbano, paisagem e qualidade de vida.

A experiência internacional também se estende a encontros e workshops na Itália, em Portugal e na Espanha, orientados por arquitetos de renome como Álvaro Siza, Aires Mateus e João Nunes, que ampliam constantemente sua visão crítica e projetual. No Brasil, seu percurso se conecta a colaborações com importantes escritórios, entre eles Oscar Niemeyer Arquiteto, Isay Weinfeld e Pascali Semerdjian Arquitetos. Especialista em técnicas de desenho tradicionais e digitais, Leopoldo Schettino articula prática de projeto e ensino, oferecendo um olhar sensível, crítico e pragmático sobre a arquitetura e seu papel nos desafios contemporâneos.

Vagas: 15

Gratuito


Inscrições:

As inscrições devem ser feitas pelo formulário disponível aqui.

A seleção será feita por ordem de inscrição.

As inscrições estarão abertas até 30 de setembro de 2025.


“Imaginando Arquiteturas para um Mundo Quente” é uma oficina prática de 20 horas que convida participantes a explorar os potenciais especulativos da inteligência artificial aplicada à imaginação urbana em tempos de emergência climática. Utilizando o software ComfyUI (Stable Diffusion), os participantes aprenderão a manipular imagens urbanas para projetar intervenções visuais que respondam criticamente a cenários de risco, injustiça e colapso, mas também imaginem futuros sustentáveis, regenerativos e desejáveis.

A oficina busca ampliar o leque imaginativo dos participantes ao propor a criação de composições visuais tanto utópicas quanto distópicas, articulando narrativas visuais que reflitam sobre a crise climática de forma crítica e criativa. A IA é aqui entendida como ferramenta de mediação estética e política, capaz de tensionar a relação entre representação e ação no contexto urbano.

Dividida em cinco módulos — introdução, duas sessões de produção, finalização e exposição —, a oficina combina teoria, prática e criação coletiva. O produto final será uma exposição pública no espaço da Bienal, composta por imagens projetadas . A proposta se alinha aos eixos curatoriais da 14ª BIAsp ao abordar justiça climática, adaptação urbana e reflorestamento simbólico das cidades.

Aberta a estudantes, arquitetos, urbanistas, artistas e demais interessados, a atividade contará com até 20 participantes, selecionados a partir de uma carta de intenção e portfólio. Cada participante deverá trazer seu próprio notebook com capacidade para rodar o ComfyUI ou utilizar um serviço em nuvem (como RunPod). A oficina fornecerá tutoriais de instalação e orientação prévia. A infraestrutura de internet, mesas, cadeiras e datashow será provida pela Bienal.

A oficina é gratuita, mediante inscrição e processo seletivo

O produto final será uma instalação coletiva aberta ao público no espaço da Bienal.

Vagas: 10

Gratuito

Sobre os proponentes:

Victor Sardenberg é arquiteto e pesquisador, com atuação voltada à experimentação em projeto arquitetônico, especialmente nas áreas de estética computacional, fabricação robótica e inteligência artificial. Em sua tese de doutorado na Leibniz Universität Hannover (Alemanha), desenvolveu um framework computacional para a predição de preferências estéticas utilizando redes neurais artificiais. Atualmente é pesquisador de pós-doutorado na Universidade Presbiteriana Mackenzie e docente na Detmolder Schule für Gestaltung (Alemanha).

Camila Zyngier é arquiteta e urbanista, professora da UFMG e pesquisadora nas áreas de planejamento urbano, geotecnologias e metodologias participativas. Seu trabalho combina prática acadêmica e crítica criativa, explorando temas como visualização urbana e inteligência artificial no urbanismo.

Marcella Carone é arquiteta, designer computacional e professora. Mestre pela AA (MSc EmTech) e graduada pelo Mackenzie, tem mais de uma década de experiência em projetos de múltiplas escalas. Atua com viabilidade, design algorítmico, IA, otimização e fabricação digital. É diretora criativa da M3C1, escritório que investiga as interseções entre arquitetura, urbanismo, design e tecnologia, e leciona na pós-graduação da Universidade Mackenzie, além de ministrar workshops sobre IA e design computacional.

Estrutura

Módulo 1: Introdução e Contextualização (15/9 – 19:30 às 22:00 – Online) Apresentação da 14ª BIAsp e seu tema Exemplos de imagens e intervenções com IA Instalação e introdução ao ComfyUI

Módulo 2: Produção I – Intervenções Desejáveis (19/9 – 14:00 às 19:00 – Presencial) Representar riscos e injustiças climáticas (distopias, colapsos, resistências)

Módulo 3: Produção II – Cenários de Advertência (20/9 – 14:00 às 19:00 – Presencial) Reimaginar a cidade com foco em soluções positivas (utopias climáticas)

Módulo 4: Finalização das Imagens e Impressão (21/9 – 14:00 às 19:00 – Presencial) Curadoria das imagens produzidas Preparação dos arquivos para impressão/exposição

Módulo 5: Exposição dos Resultados Instalação coletiva no espaço da BIAsp (projeção e/ou impressões) Conversa aberta com o público e participantes Organização do Produto final: exposição das imagens geradas, impressas ou projetadas em parede. A oficina termina com um momento expositivo aberto ao público.

Inscrições:

As inscrições devem ser feitas pelo e-mail: vsardenberg@gmail.com

A seleção será feita após análise do material enviado na inscrição.

Documentos a serem enviados no ato da inscrição:

  • Nome completo
  • E-mail e telefone de contato
  • Cidade de residência
  • Carta de intenção (com aproximadamente 3 parágrafos)
  • Até 3 imagens de trabalhos anteriores que ajudem a demonstrar o perfil criativo e/ou técnico da pessoa candidata (podem ser incluídas no PDF ou enviadas separadamente)

Critérios de seleção:

  • Os participantes serão selecionados com base na carta de intenção e nos exemplos de trabalho enviados, considerando:
  • Clareza e profundidade do interesse pela temática da oficina
  • Qualidade e coerência das imagens apresentadas
  • Diversidade de perfis e áreas de atuação entre os selecionados

Prazo para inscrição:

  • As inscrições estarão abertas até 13 de setembro de 2025.
  • O resultado será divulgado por e-mail até 14 de setembro de 2025.

Outras informações:

  • Os participantes devem trazer seus próprios notebooks com capacidade para rodar o ComfyUI, ou trazer um laptop mais simples arcar com custos de uso de um serviço em nuvem (como o RunPod, aprox. 10 USD).
  • Um tutorial com instruções de instalação e preparo será enviado previamente aos selecionados.

Fique atento, três atividades acontecem antes da abertura da Bienal:

13/09 – atividade associada | oficina Terra em trama (foto ao lado);
15/09 – oficina Imaginando arquiteturas para um mundo quente – módulo 1 (inscrições até 13/09);
17/09 – dois filmes da 1ª sessão da Mostra Cinema, arquitetura e sociedade: Registros de um mundo quente.

(A programação ainda está em processo de inclusão no site; em breve ela estará completa)