Ação e justiça climática territorial

Luana Alves, Claudia Gibeli Gomes, Vitor Mihessen, mediação Alan Brum

A ação climática acontece nos territórios e garante as diferentes justiças quando envolve os saberes, as soluções e práticas populares ancestrais e tradicionais, e as especificidades de cada contexto. Como mobilizar ações para combater as alterações climáticas com um tratamento equitativo e justo dos impactos, considerando a dimensão territorial das desigualdades – onde comunidades vulnerabilizadas, especialmente em áreas de risco e territórios indígenas, são mais afetadas? O debate aponta caminhos da filantropia e políticas públicas para implementar soluções locais e a participação popular, de forma a não apenas adaptar os territórios para os eventos extremos, mas também reduzir as desigualdades socioambientais e garantir os direitos humanos e territoriais das populações mais expostas.

Luana Alves (Periferia Sem Risco)
Mulher negra, arquiteta e urbanista, criada em Paratibe, periferia de Paulista (PE). Especialista em Urbanismo Social, Gestão de Projetos e Obras e certificada em Estudos Afro-Latino-Americanos pela Universidade de Harvard, atua como Coordenadora-Geral de Articulação e Planejamento da Secretaria Nacional de Periferias do Ministério das Cidades, onde trabalha para colocar as periferias no centro das políticas urbanas nacionais. Comunicadora popular, sua trajetória é construída em redes comunitárias e marcada pelo compromisso com a justiça social, o fortalecimento das vozes periféricas e a defesa dos direitos humanos e do direito à cidade.

Claudia Gibeli Gomes (Fundo Casa)
Gestora de Programas Socioambientais. Bióloga com mais de 20 anos de experiência em justiça socioambiental, possui especialização em Planejamento e Gestão do Território, Ecologia e Gestão Ambiental (USP), além de estudos em Política e Relações Internacionais (FESPSP). Sua trajetória é marcada por atuação em projetos de urbanização de assentamentos precários, diagnósticos socioambientais participativos e mobilização comunitária. Foi consultora do PNUD no IBAMA e, há uma década, atua como Gestora de Programas no Fundo Casa Socioambiental, coordenando iniciativas em sociobiodiversidade, transição energética justa, restauração florestal e direito à cidade.

Vitor Mihessen (Casa Fluminense)
Nascido e criado em Realengo, subúrbio do município do Rio de Janeiro, Vitor é economista, formado na UFRJ e mestre pela UFF, especialista em Políticas Públicas. Seus principais temas de trabalho são mobilidade urbana e social, e as desigualdades econômicas, raciais, de gênero e climáticas na Região Metropolitana do Rio. Busca produzir debates e ações sobre políticas públicas a partir de diagnósticos e propostas coletivas. É co-idealizador de tecnologias sociais certificadas como a Geração Cidadã de Dados (GCD) e as Agendas Locais 2030. Desde a fundação da Casa Fluminense, em 2013, coordenou a área de pesquisa e informação, sendo responsável pelas publicações da Instituição, como os Mapas da Desigualdade e as Agendas Rio 2030 e depois se tornou Coordenador Executivo, conduzindo o programa da Organização da Sociedade Civil. Hoje como Coordenador Geral da Casa, cuida da área institucional da OSC. Vitor é Coordenador Geral da Casa Fluminense, co-fundador e co-diretor da Instituição.

mediação de Alan Brum
Favelado, sociólogo, doutorando em Planejamento Urbano IPPUR-UFRJ, Alan é professor GPDES – Gestão Pública para o Desenvolvimento Econômico e Social – IPPUR/ UFRJ (2020/2022); coordenador do Centro de Pesquisa, Documentação e Memória do Complexo do Alemão – CEPEDOCA; cofundador e diretor do Instituto Raízes em Movimento e coordenador do Plano de Ação Popular do CPX. É Diretor Presidente da ABP Consultoria Social, co-idealizador e Integrante do Conselho Editorial do Dicionário de Favelas Marielle Franco – Fiocruz e foi consultor da Secretaria Nacional de Periferias – SNP/MCidades (2023/2024).

Gratuito

Inscrições:

As inscrições devem ser feitas aqui.
As inscrições estarão abertas até o início da atividade, no local, desde que haja vagas disponíveis.

Participe da programação de debates, oficinas e atividades associadas!

HOJE (09.10)

9h – oficina Arquitetos e engenheiros face aos desafios climáticos

14h – Fórum SP 25 Sessão Temática 5. Promover moradia digna e justiça climática

15h – Mini-oficinas de Biomateriais no Lab Vivo

16h – Fórum SP 25 Sessão Temática 6. Governar com inclusão, participação e controle social

17h – Mini-oficinas de Biomateriais no Lab Vivo

17h30 – sessão 6 da mostra Cinema, arquitetura e sociedade: registros de um mundo quente na Cinemateca

18h – Fórum SP 25 Painel 3: Governança, Representação e Participação Social 

NOS PRÓXIMOS DIAS (10 a 14.10)

10.10 | 14h30 – mesa Periferia Sem Risco no contexto de mudanças climáticas

10.10 | 16h – mesa Conhecer para Transformar: Planos Comunitários de Redução de Risco e Adaptação Climática

10.10 | 18h30 – mesa Adaptação inclusiva: Soluções Baseadas na Natureza nas Periferias

10.10 e 12.10 | 9h – Oficina desenho: a arquitetura de Oscar Niemeyer no Parque Ibirapuera e o desafio climático

11.10 e 12.10 | 9h – oficina Inventa(rio) Fronteiras: Jogando por cidades multiespécies

11.10 | 10h – oficina Maleta pedagógica Elémenterre

11.10 | 11h – mesa Aprendendo a habitar o antropoceno: a crise da arquitetura

11.10 | 14h – mesa Architecture for Learning and Civic Use

11.10 | 15h – mesa Culture and Public Architecture

11.10 – 15h – oficina Maleta pedagógica Elémenterre

11.10 | 16h – mesa Reconnecting with Nature & Circular Design

11.10 | 17h – mesa Architecture of Belonging: Interpreting Heritage Through Place

11.10 | 19h – Palmas: Há 36 anos, a capital ecológica do Tocantins

12.10 | 10h – mesa Vivência: Refúgios Climáticos e Espaços Públicos Naturalizados, com Ecobairro

12.10 | 10h30 – mesa Infâncias e Clima: Justiça Climática em Territórios Vulneráveis

12.10 | 10h30 – Oficina de Birutas com o Coletivo Flutua 

12.10 | 15h – mesa Fazer muito com pouco: arquiteturas para um planeta em transição com Esteban Benavides do escritório Al Borde

12.10 | 16h30 – mesa Terra – construindo um futuro sustentável e democrático 

12.10 | 18h – mesa Viver Com – Pavilhão da França na Bienal de Veneza e AJAP – Álbuns de Jovens Arquitetos e Paisagistas

13.10 – atividade Ação Pantanal no IABsp

14.10 | 10h – mesa Panorama Urgente! O espaço como ato de permanência

14.10 | 18h – Lançamento do Guia “Educação Baseada na Natureza”

PARTICIPE! É TUDO GRATUITO!

E tem muito mais até 19 de outubro!

(Atividades e projetos ainda estão em processo de inclusão; em breve o site estará completo)

NOTA DE PESAR

Em profundo pesar, o Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento de São Paulo (IABsp) lamenta o falecimento do arquiteto e paisagista Kongjian Yu, uma referência global em urbanismo ecológico, e dos membros de sua equipe que o acompanhavam, tragicamente vitimados durante a gravação de um documentário. O instituto destaca a honra de tê-lo tido como participante na 14ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo, onde sua visão transformadora fortaleceu o diálogo entre desafios globais e realidades locais. O IABsp ressalta que a contribuição de Yu, que transcende fronteiras, permanecerá como inspiração para gerações e expressa suas condolências à China, aos familiares de todos os falecidos, amigos e a todos os impactados por seu gênio e dedicação. Leia a nota completa aqui.