Água invisível, cidade dividida: diálogos e propostas para as Bacias Água Preta e Sumaré

Renata Priore Lima; Antônio Teixeira Jr.; Beatriz Pacheco; Thamires Souza

Proponentes: Arq. Profa. Dra. Renata Priore Lima (UNIP); Arq. Ms. Antonio Castelo Branco Teixeira Jr. (Amora Perdizes); Arq. Profa. Dra. Beatriz de Almeida Pacheco (UNIP); Arq. Ms. Thamires Zelinda dos Santos Souza (FAU Mackenzie).

Essa oficina será um espaço de reflexão e ação coletiva, centrado na relação entre a cidade e suas águas. O debate inicial trará registros de caminhadas realizadas previamente pelas duas bacias vizinhas (Água Preta e Sumaré), levantando questões sobre como articular soluções locais com o planejamento integrado da bacia hidrográfica. A discussão abordará projetos de drenagem sustentável e infraestruturas verde-azuis, explorando desde técnicas de microdrenagem, como pavimentos permeáveis, jardins de chuva, lagoas de biorretenção e biovaletas; até estratégias de macrodrenagem em escala territorial, como parques lineares, parques inundáveis e corredores ecológicos, que promovem a retenção e infiltração da água no tecido urbano.

Partindo de caminhadas técnicas pelas bacias dos córregos Sumaré e Água Preta, que são áreas marcadas por nascentes encobertas, projetos piscinões sobre praças e a degradação de áreas verdes protegidas, a atividade busca identificar conflitos e oportunidades para implantar Soluções Baseadas na Natureza (SBN) e desenvolver propostas, por meio de maquete e croquis.
Esta oficina surge da urgência em repensar o papel da arquitetura e do projeto urbano diante da crise hídrica e climática em São Paulo. O foco está sobre estas duas bacias hidrográficas (Sumaré e Água Preta), localizadas na Zona Oeste da cidade de São Paulo, que abrigam córregos canalizados e obras inacabadas de infraestrutura cinza, além de testemunharem a redução de áreas verdes devido à remoção da cobertura vegetal para dar lugar a novos condomínios. A isso, somam-se projetos institucionais de piscinões sobre praças arborizadas e novas estações de metrô, que agravam as inundações na área e a formação de ilhas de calor. Diante desse cenário, propõe-se um laboratório prático para redesenhar as infraestruturas urbanas. A iniciativa demonstra como a arquitetura pode mediar a relação entre técnica e território, convertendo espaços degradados em sistemas multifuncionais que integram drenagem, biodiversidade e uso público.

Vagas: 120

Gratuito

Inscrições:

As inscrições devem ser feitas pelo formulário disponível aqui.

A seleção será feita por ordem de inscrição.

As inscrições estarão abertas até 5 de outubro de 2025.

Participe da programação de debates, oficinas e atividades associadas!

HOJE (19.10)

16h – Deixe a água fluir…Uma homenagem para o arquiteto Kongjiang Yu e para os cinegrafistas Luiz Ferraz e Rubens Crispim 

17h – atividade Panorama Urgente! Visita ao projeto Panorama Lab no Jardim Panorama 

PARTICIPE! É TUDO GRATUITO!

A Bienal está aberta até 19 de outubro!

NOTA DE PESAR

Em profundo pesar, o Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento de São Paulo (IABsp) lamenta o falecimento do arquiteto e paisagista Kongjian Yu, uma referência global em urbanismo ecológico, e dos membros de sua equipe que o acompanhavam, tragicamente vitimados durante a gravação de um documentário. O instituto destaca a honra de tê-lo tido como participante na 14ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo, onde sua visão transformadora fortaleceu o diálogo entre desafios globais e realidades locais. O IABsp ressalta que a contribuição de Yu, que transcende fronteiras, permanecerá como inspiração para gerações e expressa suas condolências à China, aos familiares de todos os falecidos, amigos e a todos os impactados por seu gênio e dedicação. Leia a nota completa aqui.