Carpinteiros da Amazônia

Guá arquitetura

Implantação do projeto: Brasil
Desenvolvimento do projeto: Brasil

O documentário Carpinteiros da Amazônia é fruto de uma pesquisa da Guá Arquitetura, dedicada a registrar e valorizar a carpintaria ribeirinha, um ofício ancestral que moldou por séculos a forma de morar das comunidades amazônicas.

A obra percorre ilhas e margens de rios, como Murutucu, Combu, Acará e do Marajó, revelando que a carpintaria não é apenas uma técnica construtiva, mas também uma manifestação cultural que expressa modos de vida, memórias familiares e vínculos profundos com a floresta e os rios.

O filme registra a forma de construir o habitar amazônico que carregam a marca singular de seus mestres, artesãos que transformam madeira em abrigo e identidade.
A narrativa é conduzida a partir das histórias de Mestres como Josa, Edson, Oseas, Edinaldo e Valdiley, que representam diferentes trajetórias dentro do ofício, seus pontos de vista se representam em traços autorais que se destacam entre si, como um traço de artista. Ao mesmo tempo, o documentário não evita os desafios que ameaçam essa herança: a substituição da madeira pela alvenaria, a exploração predatória das florestas, a ausência de políticas públicas de valorização e, sobretudo, o desinteresse crescente das novas gerações em seguir o ofício.

Mais do que uma obra de registro, o filme se coloca como um manifesto de resistência. Ele busca sensibilizar para a importância de manter viva uma prática que sintetiza conhecimentos técnicos e culturais, e que traduz uma relação equilibrada entre sociedade e natureza. O documentário mostra como os mestres compartilham saberes e reforçam a dimensão social da carpintaria, fortalecendo a autoestima e a relevância das comunidades.

O filme, portanto, não se limita a registrar o passado de uma tradição. Ele anuncia possibilidades de futuro. Ao dar visibilidade a mestres carpinteiros que continuam a construir com madeira e ao mostrar casas que se tornam referência estética para a comunidade local.
Carpinteiros da Amazônia é, assim, um manifesto pela floresta em pé, pela transmissão dos saberes e pela permanência de uma arquitetura profundamente humana, nascida do encontro entre rio, madeira e comunidades ribeirinhas.

TOUR VIRTUAL DA 14ª BIAsp 

A 14ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo, Extremos: Arquiteturas para um mundo quente, se expandiu para além do espaço físico e agora pode ser visitada de qualquer lugar! 

O tour virtual propõe uma nova leitura da exposição, que ocorreu de 18 de setembro a 19 de outubro na Oca no Parque Ibirapuera, permitindo percursos de forma fluida, livre e intuitiva entre os ambientes. Durante a visita estão disponíveis os conteúdos curatoriais, imagens em alta definição e detalhes que aprofundam a compreensão espacial e conceitual das obras. 

A plataforma amplia o acesso, preserva a memória da Bienal e cria novas formas de vivenciar a arquitetura. 

Visite aqui a 14ª BIAsp!  

Explore no seu próprio ritmo, revisite percursos e aprofunde experiências. 

Em breve o tour virtual estará disponível no site do IABsp (Instituto de Arquitetos do Brasil – dep. São Paulo)