Desenho multiespécie: uma proposta de corredor ecológico como integração entre aldeias

Universidade Federal do Paraná

Implantação do projeto: Brasil
Desenvolvimento do projeto: Brasil

Estudantes: Amanda Moreira Barchi e Marcelo Caetano Andreoli

Ao refletir sobre as formas de habitar na modernidade, nos deparamos em como a lógica antropocêntrica incide diretamente sobre as nossas relações, sobretudo com a cidade. Fica nítido o papel da Arquitetura e Urbanismo na reprodução e reafirmação dessa lógica, a qual é alimentada pela cisão entre natureza e cultura.

Mudanças climáticas, perda de biodiversidade e tantos desastres naturais nos alertam para o caminho de destruição que estamos traçando para a terra e, consequentemente, para nós mesmos. É necessário repensarmos muitas das nossas ações com a terra e reconhecer a importante luta dos povos tradicionais e do campo, os quais tem nos mostrado e ensinado outras formas de configurar urbanidades, o que reforça que não são todos os humanos que compactuam para a lógica antropocêntrica, mas sim o humano-urbano. O desenho multiespécie aparece aqui como possibilidade de repensar o processo projetual, compreendendo as cidades como espaços indissociáveis da natureza e incidindo em traços que vão além do exclusivismo humano. Compreender a relação entre humanos e não-humanos é aqui um ponto crucial do trabalho, confrontando assim as fronteiras desenvolvidas entre natureza e cultura – e todos seus derivados como campo e cidade, floresta e cidade, rural e urbano. Com isso, o trabalho voltou-se a elaborar uma rota de corredor ecológico conectando territórios indígenas de resistência na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), reafirmando o compromisso do campo da Arquitetura e Urbanismo de contribuir para o habitar de outras espécies e de outras urbanidades. Após a definição da rota do corredor ecológico, aproximamos na escala do desenho uma área com maior intensidade de conflitos antrópicos para elaborar um traçado que considere o habitar de outras espécies, mudando a direção de ataque: a cidade não mais avançando sobre o meio ambiente, mas sim dando espaço para que ele adentre a sua malha e que novas relações entre humanos e mais-que-humanos se estabeleçam no território.

TOUR VIRTUAL DA 14ª BIAsp 

A 14ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo, Extremos: Arquiteturas para um mundo quente, se expandiu para além do espaço físico e agora pode ser visitada de qualquer lugar! 

O tour virtual propõe uma nova leitura da exposição, que ocorreu de 18 de setembro a 19 de outubro na Oca no Parque Ibirapuera, permitindo percursos de forma fluida, livre e intuitiva entre os ambientes. Durante a visita estão disponíveis os conteúdos curatoriais, imagens em alta definição e detalhes que aprofundam a compreensão espacial e conceitual das obras. 

A plataforma amplia o acesso, preserva a memória da Bienal e cria novas formas de vivenciar a arquitetura. 

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Explore no seu próprio ritmo, revisite percursos e aprofunde experiências. 

Em breve o tour virtual estará disponível no site do IABsp (Instituto de Arquitetos do Brasil – dep. São Paulo)