La zona costera como interfaz entre escalas de paisaje: Un parque intermareal

Pontificia Universidad Católica de Chile

Implantação do projeto: Chile
Desenvolvimento do projeto: Chile

Estudante Isidora Soto,
Orientação: Ximena Arizaga e Osvaldo Moreno

As qualidades geográficas do Arquipélago de Humboldt oferecem refúgio e favorecem uma grande biodiversidade marinha, graças a um cânion submarino que termina entre a costa de Chañaral de Aceituno e a Reserva Marinha da Ilha Chañaral. Baleias que percorrem os oceanos visitam este local todos os anos para se alimentar. Por sua relevância ecológica, foi nomeado como um hope spot mundial pela oceanógrafa Sylvia Earle.

Em um território historicamente habitado por culturas ligadas às práticas marítimas, atualmente são extraídas centenas de toneladas de algas pardas diretamente de seu ecossistema a cada mês. A exportação ocorre em escala industrial, impulsionada pelo crescimento da demanda internacional nas últimas duas décadas.

A Caleta Chañaral de Aceituno não reflete sua importância para a conservação. Carece de infraestrutura adequada para receber os cerca de trinta mil visitantes que chegam a cada temporada, promovendo uma visão distorcida em que a paisagem é destinada ao consumo turístico centrado no avistamento de baleias. Nesse contexto, o local exige um espaço integrador que sustente as atividades produtivas e turísticas, ao mesmo tempo que proteja os habitats marinhos, garantindo a continuidade de uma paisagem valiosa para as populações local, nacional e global.

O avistamento de cetáceos, os bosques marinhos e a tradição pesqueira coexistem na zona entre-marés, definida como área de mediação entre escalas de paisagem. É nesse espaço que se propõe um parque que se estende do mar — nos bosques marinhos sobre relevos rochosos — até a terra, em áreas de embarque, acúmulo de algas e espaços de convivência entre moradores e turistas.

Suas estratégias incluem: primeiro, habilitar um percurso pelo litoral rochoso de Chañaral de Aceituno, transformando as rochas em caminho acessível que conecta mar e terra; segundo, regenerar os ecossistemas entre-marés com jardins marinhos onde se cultivem, reproduzam e utilizem macroalgas como material vegetal estruturante; terceiro, cultivar algas pardas para pesca artesanal, contribuindo para o equilíbrio ecológico local e oceânico.

São propostos quebra-mares com tetrápodes ecológicos que favorecem a integração de organismos, funcionando como habitat. Inspirado no projeto Living Breakwaters do escritório SCAPE, a proposta se diferencia pela incorporação das macroalgas como agentes estabilizadores, ampliando a área propícia ao seu crescimento e oferecendo mais superfície rochosa para sua fixação. Essa mesma estrutura se transforma ao longo da zona entre-marés, criando espaços onde a maré permita usos recreativos, produtivos e socioculturais. Assim, seria possível mitigar os impactos antrópicos, conectando a biodiversidade marinha às práticas ligadas ao mar.

Participe da programação de debates, oficinas e atividades associadas!

HOJE (10.10)

14h30 – mesa Periferia Sem Risco no contexto de mudanças climáticas

16h – mesa Conhecer para Transformar: Planos Comunitários de Redução de Risco e Adaptação Climática

18h30 – mesa Adaptação inclusiva: Soluções Baseadas na Natureza nas Periferias

9h – Oficina desenho: a arquitetura de Oscar Niemeyer no Parque Ibirapuera e o desafio climático

NOS PRÓXIMOS DIAS (11 a 14.10)

ATENÇÃO a mesa Palmas: Há 36 anos, a capital ecológica do Tocantins que seria realizada no dia 11.10 | 19h foi cancelada.

11.10 e 12.10 | 9h – oficina Inventa(rio) Fronteiras: Jogando por cidades multiespécies

11.10 | 10h – oficina Maleta pedagógica Elémenterre

11.10 | 11h – mesa Aprendendo a habitar o antropoceno: a crise da arquitetura

11.10 | 14h – mesa Architecture for Learning and Civic Use

11.10 | 15h – mesa Culture and Public Architecture

11.10 – 15h – oficina Maleta pedagógica Elémenterre

11.10 | 16h – mesa Reconnecting with Nature & Circular Design

11.10 | 17h – mesa Architecture of Belonging: Interpreting Heritage Through Place

12.10 | 10h – mesa Vivência: Refúgios Climáticos e Espaços Públicos Naturalizados, com Ecobairro

12.10 | 10h30 – mesa Infâncias e Clima: Justiça Climática em Territórios Vulneráveis

12.10 | 10h30 – Oficina de Birutas com o Coletivo Flutua 

12.10 | 15h – mesa Fazer muito com pouco: arquiteturas para um planeta em transição com Esteban Benavides do escritório Al Borde

12.10 | 16h30 – mesa Terra – construindo um futuro sustentável e democrático 

12.10 | 17h45 – mesa Presença francesa na Bienal e exibição do filme AJAP – Álbuns de Jovens Arquitetos e Paisagistas

13.10 – atividade Ação Pantanal no IABsp

14.10 | 10h – mesa Panorama Urgente! O espaço como ato de permanência

14.10 | 18h – Lançamento do Guia “Educação Baseada na Natureza”

PARTICIPE! É TUDO GRATUITO!

E tem muito mais até 19 de outubro!

NOTA DE PESAR

Em profundo pesar, o Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento de São Paulo (IABsp) lamenta o falecimento do arquiteto e paisagista Kongjian Yu, uma referência global em urbanismo ecológico, e dos membros de sua equipe que o acompanhavam, tragicamente vitimados durante a gravação de um documentário. O instituto destaca a honra de tê-lo tido como participante na 14ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo, onde sua visão transformadora fortaleceu o diálogo entre desafios globais e realidades locais. O IABsp ressalta que a contribuição de Yu, que transcende fronteiras, permanecerá como inspiração para gerações e expressa suas condolências à China, aos familiares de todos os falecidos, amigos e a todos os impactados por seu gênio e dedicação. Leia a nota completa aqui.