Políticas de moradia para a população em situação de rua e a experiência do Fundo FICA

Com Padre Julio Lancellotti, Marta Machado (Ministérios da Justiça), Anderson Miranda (Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania), Carlos Hashimoto (Caixa Econômica Federal), e Simone Gatti (FICA)

Com Padre Julio Lancellotti, Marta Machado (Ministérios da Justiça), Anderson Miranda (Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania), Carlos Hashimoto (Caixa Econômica Federal), e Simone Gatti (Fundo FICA) – mediação e curadoria

A quantidade de pessoas vivendo nas ruas das grandes cidades aumentou consideravelmente nos últimos anos. São mais de 300 mil em todo o país. Com as mudanças climáticas, esse tema é ainda mais urgente, já que a população em situação de rua, apesar de ser a que menos contribui para o aquecimento global, é a mais afetada por seus efeitos, por não terem um abrigo seguro e por apresentarem condições socioeconômicas e de saúde extremamente frágeis.

Desde a década de 1990, as políticas públicas voltadas para esse perfil evoluíram mundo afora. Em muitas cidades, o modelo etapista, que se inicia nos albergues, cedeu lugar à metodologia “housing first”, ou “moradia primeiro” — que entende a residência apenas como o primeiro passo do processo.

No Brasil, habitação social está atrelada à aquisição da propriedade privada. O modelo da casa própria não capacitou nossas políticas para a gestão da moradia, sempre entregue à responsabilidade dos moradores, então proprietários. Uma política de moradia para a população em situação de rua, contudo, precisa garantir serviços de apoio permanente, multidisciplinar e de longo prazo.

Recentemente o programa Minha Casa, Minha Vida anunciou a reserva de 3% dos empreendimentos do FAIXA 1 para essa população. A partir da experiência do Morar Primeiro, implementado pelo Fundo FICA com apoio do padre Julio Lancellotti, debateremos o tema com representantes do governo federal, considerando a urgência do debate sobre como essa política será implementada.

A convite do Fundo FICA, que está trazendo o tema pela primeira vez para a Bienal de Arquitetura de São Paulo, reuniremos a urbanista Simone Gatti, que implementou o programa de moradia pelo FICA; Padre Julio Lancellotti, parceiro na criação do Morar Primeiro e figura emblemática no apoio à população mais vulnerável; e representantes do Governo Federal para abordar as políticas em implementação e os desafios em pauta.

A mesa de debate contará ainda com a participação de Marta Machado, Secretária Nacional de Política sobre Drogas e Gestão de Ativos do Ministérios da Justiça; Anderson Miranda, do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania; e Carlos Hashimoto, da Caixa Econômica Federal, para abordar as políticas em implementação e os desafios em pauta.

Gratuito

Inscrições:

As inscrições devem ser feitas aqui.
A seleção será feita por ordem de inscrição.
As inscrições estarão abertas até o início da atividade, no local, desde que haja vagas disponíveis.

Participe da programação de debates, oficinas e atividades associadas!

HOJE (18.10)

10h – mesa Agir para a adaptação climática a partir do Poder Público

10h – oficina Maratona de design para comunicar cidades justas, resilientes e de baixo carbono

14h – mesa Alcançando a descarbonização e a resiliência no ambiente construído

15h – Lançamento Livro Parque Orla Piratininga Alfredo Sirkis – Natureza, inovação e justiça socioambiental

16h – Lançamento da Publicação do II Seminário Emergência Climática e Cidade

18h30 – Sessão de Encerramento + Premiação do Concurso Internacional de Escolas da 14ª BIAsp 

AMANHÃ (19.10)

16h – Deixe a água fluir…Uma homenagem para o arquiteto Kongjiang Yu e para os cinegrafistas Luiz Ferraz e Rubens Crispim 

17h – atividade Panorama Urgente! Visita ao projeto Panorama Lab no Jardim Panorama 

PARTICIPE! É TUDO GRATUITO!

A Bienal está aberta até 19 de outubro!

NOTA DE PESAR

Em profundo pesar, o Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento de São Paulo (IABsp) lamenta o falecimento do arquiteto e paisagista Kongjian Yu, uma referência global em urbanismo ecológico, e dos membros de sua equipe que o acompanhavam, tragicamente vitimados durante a gravação de um documentário. O instituto destaca a honra de tê-lo tido como participante na 14ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo, onde sua visão transformadora fortaleceu o diálogo entre desafios globais e realidades locais. O IABsp ressalta que a contribuição de Yu, que transcende fronteiras, permanecerá como inspiração para gerações e expressa suas condolências à China, aos familiares de todos os falecidos, amigos e a todos os impactados por seu gênio e dedicação. Leia a nota completa aqui.