Programa Mananciais – Fase 3: urbanização sustentável e inclusão social

Secretaria Executiva do Programa Mananciais, Prefeitura de São Paulo – Maria Teresa Fedeli

Implantação do projeto: Brasil
Desenvolvimento do projeto: Brasil

O Programa Mananciais é uma política pública de urbanização integrada voltada às áreas de mananciais de São Paulo, com foco nas bacias hidrográficas da Guarapiranga e Billings. Sua origem remonta à década de 1990, quando foi criado o Programa Guarapiranga, um marco pioneiro de intervenção socioambiental na cidade. Ao longo de três décadas, a iniciativa evoluiu para abarcar novos territórios e metodologias, consolidando-se como referência na conciliação entre urbanização e preservação ambiental.

Idealizado por Elisabete França, arquiteta e urbanista reconhecida por sua atuação em políticas habitacionais e de requalificação urbana, o Programa ganhou, em 2021, uma nova estrutura institucional com a criação da Secretaria Executiva do Programa Mananciais. Elisabete foi a primeira secretária executiva (2021–2024), liderando a retomada da Fase 3 e estruturando a atuação integrada entre diferentes áreas da Prefeitura. A partir de 2024, a gestão passou a ser conduzida por Maria Teresa Fedeli, que mantém a estratégia de atuação intersetorial e reforça a dimensão social e comunitária do Programa.

A Secretaria Executiva conta com uma equipe multidisciplinar, majoritariamente composta por mulheres jovens, que atuam diretamente no planejamento, na coordenação e no acompanhamento das obras. Essa composição imprime ao Programa uma perspectiva inovadora, sensível às questões de gênero, inclusão social e equidade territorial.

A estratégia da Fase 3 combina obras de saneamento, drenagem, contenção, pavimentação e habitação, com ações sociais, culturais e ambientais que fortalecem a resiliência urbana e a justiça climática. Um dos diferenciais é a adoção de Soluções Baseadas na Natureza como jardins de chuva, biovaletas, lagoas de retenção e parques fluviais, que integram drenagem urbana e preservação ambiental ao desenho da cidade.

O Programa também promove a implantação de equipamentos públicos – Unidades Básicas de Saúde, Centros de Educação Infantil, Espaços TEIA, bibliotecas, áreas esportivas e culturais –, articulando parcerias intersetoriais com diferentes secretarias. Essas estruturas funcionam como âncoras sociais, aproximando serviços essenciais da população e fortalecendo vínculos comunitários.

A participação social é eixo estruturante: oficinas, escutas, plantios coletivos e atividades culturais aproximam moradores do processo de transformação urbana, estimulando o pertencimento e a corresponsabilidade pelo território. Experiências emblemáticas, como a urbanização do Jardim da União, demonstram como o conjunto das intervenções pode promover dignidade, integração e novas oportunidades para comunidades historicamente vulnerabilizadas.

Mais do que obras, a Fase 3 representa um pacto urbano e ambiental que reconhece a interdependência entre cidade e natureza. Ao promover intervenções integradas e sustentáveis, o Programa reforça que a urbanização de qualidade é também uma estratégia de proteção dos mananciais, de redução das desigualdades e de fortalecimento da resiliência climática.

Participe da programação de debates, oficinas e atividades associadas!

HOJE (18.10)

10h – mesa Agir para a adaptação climática a partir do Poder Público

10h – oficina Maratona de design para comunicar cidades justas, resilientes e de baixo carbono

14h – mesa Alcançando a descarbonização e a resiliência no ambiente construído

15h – Lançamento Livro Parque Orla Piratininga Alfredo Sirkis – Natureza, inovação e justiça socioambiental

16h – Lançamento da Publicação do II Seminário Emergência Climática e Cidade

18h30 – Sessão de Encerramento + Premiação do Concurso Internacional de Escolas da 14ª BIAsp 

AMANHÃ (19.10)

16h – Deixe a água fluir…Uma homenagem para o arquiteto Kongjiang Yu e para os cinegrafistas Luiz Ferraz e Rubens Crispim 

17h – atividade Panorama Urgente! Visita ao projeto Panorama Lab no Jardim Panorama 

PARTICIPE! É TUDO GRATUITO!

A Bienal está aberta até 19 de outubro!

NOTA DE PESAR

Em profundo pesar, o Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento de São Paulo (IABsp) lamenta o falecimento do arquiteto e paisagista Kongjian Yu, uma referência global em urbanismo ecológico, e dos membros de sua equipe que o acompanhavam, tragicamente vitimados durante a gravação de um documentário. O instituto destaca a honra de tê-lo tido como participante na 14ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo, onde sua visão transformadora fortaleceu o diálogo entre desafios globais e realidades locais. O IABsp ressalta que a contribuição de Yu, que transcende fronteiras, permanecerá como inspiração para gerações e expressa suas condolências à China, aos familiares de todos os falecidos, amigos e a todos os impactados por seu gênio e dedicação. Leia a nota completa aqui.