Protótipo da fachada ventilada do edifício Platina 220

Jorge Königsberger e Gianfranco Vannucchi

Implantação do projeto: Brasil
Desenvolvimento do projeto: Brasil

Este protótipo em escala 1:2 apresenta, em detalhe, um recorte da fachada do Platina 220, edifício projetado para a região do Tatuapé, em São Paulo. Ao trazer um fragmento construído, a exposição oferece ao visitante a possibilidade de compreender de perto a lógica construtiva e os materiais que compõem um edifício marcante na paisagem urbana da cidade de São Paulo.

Diferente da solução mais comum em edifícios corporativos — a pele de vidro contínua —, o Platina 220 adota um sistema de fachada ventilada. Nesse modelo, o revestimento externo em porcelanato é fixado à alvenaria por meio de um suporte metálico, criando entre as duas camadas uma cavidade por onde o ar circula. Essa solução, além de qualificar a expressão arquitetônica do edifício, atua de forma técnica e sustentável: a circulação constante do ar remove aproximadamente 20% do calor recebido, ampliando o isolamento térmico e reduzindo a carga de climatização interna.

A lógica construtiva se associa diretamente ao gesto arquitetônico. As aberturas, distribuídas de maneira não linear, somam-se a terraços dispostos em diferentes posições, criando uma volumetria singular. O prisma vertical do edifício parece, assim, esculpido pelos cheios e vazios da fachada, gerando dinamismo e uma leitura arquitetônica que vai além da repetição dos andares.

Outro aspecto marcante é o uso de tonalidades mais escuras no bloco mais baixo, que reforça visualmente a verticalidade da torre e produz a percepção de contrafortes — como se apoiassem a estrutura e conferissem solidez ao conjunto. Essa articulação entre técnica e forma contribui para um edifício de forte presença no tecido urbano, equilibrando racionalidade construtiva, eficiência energética e identidade plástica.

Na exposição, o protótipo não é apenas um exercício de representação. Ele funciona como uma chave de leitura do edifício real, aproximando o público da materialidade do projeto. Ao revelar a espessura da fachada, o sistema de fixação e a relação entre os planos, este recorte físico evidencia o quanto a arquitetura pode ser simultaneamente rigorosa, inovadora e sensível às demandas contemporâneas de conforto, sustentabilidade e expressão estética.

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