Protótipo Módulo Tecnoíndia

José Afonso Botura Portocarrero/Arquiteto

Implantação do projeto: Brasil
Desenvolvimento do projeto: Brasil

Módulo Tecnoíndia

Trata-se de um de projeto relacionado às áreas de arquitetura e engenharia civil, especificamente no campo das habitações de baixo custo e/ou habitações de emergência.

A construção de habitações de baixo custo com qualidade é uma questão que afeta milhares de famílias no Brasil. Os governos federal, estaduais e municipais, em seus programas de habitação, inclusive para os povos indígenas, utilizam de técnicas construtivas que em sua grande maioria, com raras exceções, adotam o uso de casas de alvenaria em tijolos cerâmicos ou blocos, resultando em longos prazos de execução e desperdício de materiais entre outros. O projeto apresentado utiliza a madeira como matéria prima; via de regra os agentes públicos financeiros, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, não financiam casas de madeira. O fundamento do sistema apresentado busca responder à demanda dos povos indígenas por habitação na sociedade contemporânea, estabelecendo um desenho capaz de ser entendido como desenho cultural uma vez que é referenciado nos desenhos das casas indígenas tradicionais. O sistema é modular, podendo também atender as situações de emergência, constituindo-se em uma alternativa de rápida execução, durabilidade e baixo custo de manutenção.

O projeto apresentado utiliza da madeira como matéria prima pelas qualidades do material, destacando o atributo de ser totalmente sustentável, pois que pode ser reposto no ambiente.

O sistema possui característica inovadora ao desenvolver todo o projeto referenciado no estudo das casas dos povos indígenas, onde a cobertura e as paredes de vedação constituem uma mesma estrutura definindo o próprio desenho da casa, configurada através do corte ogival tradicional das habitações indígenas. Nas casas urbanas convencionais, parede e cobertura constituem elementos separados.

O sistema apresentado estabelece o desenho de uma peça módulo de madeira, recortada a partir de tábuas com bitolas comerciais. O posicionamento das peças obedece a uma sequência que dá forma a um arco do tipo ogival, onde as duas partes do arco são montadas de modo a que cada parte seja constituída de cinco peças módulos, executadas em sequência.

Duas peças módulos são ligadas com outras duas usando uma peça módulo posicionada entre elas. A outra parte do arco ogival é construída da mesma forma e são ligadas as duas partes pela cumeeira. Todo o processo de ligação se faz através de parafusos.
Protótipo Módulo Tecnoíndia

O projeto do protótipo Módulo Tecnoíndia parte do desenho das tradicionais casas indígenas brasileiras, incorporando também as experiências do arquiteto francês Philibert D´Lorme (1514-1570).
Busca aliar o modo de construir das casas indígenas com as necessidades da sociedade contemporânea.

A partir de uma única peça módulo, que se justapõe, é constituído o pórtico ogival comum às casas indígenas.
Conjuntos de peças, ligadas através de parafusos e dispostas lado a lado, formam o pórtico estrutural que será repetido a cada 1,25 metros.

O Módulo Tecnoíndia é inovador e sustentável. A madeira utilizada demonstra atenção e respeito pelas tecnologias ancestrais. O desenho é simples e sofisticado. A estrutura modular permite montagem e desmontagem.

Participe da programação de debates, oficinas e atividades associadas!

HOJE (10.10)

14h30 – mesa Periferia Sem Risco no contexto de mudanças climáticas

16h – mesa Conhecer para Transformar: Planos Comunitários de Redução de Risco e Adaptação Climática

18h30 – mesa Adaptação inclusiva: Soluções Baseadas na Natureza nas Periferias

9h – Oficina desenho: a arquitetura de Oscar Niemeyer no Parque Ibirapuera e o desafio climático

NOS PRÓXIMOS DIAS (11 a 14.10)

ATENÇÃO a mesa Palmas: Há 36 anos, a capital ecológica do Tocantins que seria realizada no dia 11.10 | 19h foi cancelada.

11.10 e 12.10 | 9h – oficina Inventa(rio) Fronteiras: Jogando por cidades multiespécies

11.10 | 10h – oficina Maleta pedagógica Elémenterre

11.10 | 11h – mesa Aprendendo a habitar o antropoceno: a crise da arquitetura

11.10 | 14h – mesa Architecture for Learning and Civic Use

11.10 | 15h – mesa Culture and Public Architecture

11.10 – 15h – oficina Maleta pedagógica Elémenterre

11.10 | 16h – mesa Reconnecting with Nature & Circular Design

11.10 | 17h – mesa Architecture of Belonging: Interpreting Heritage Through Place

12.10 | 10h – mesa Vivência: Refúgios Climáticos e Espaços Públicos Naturalizados, com Ecobairro

12.10 | 10h30 – mesa Infâncias e Clima: Justiça Climática em Territórios Vulneráveis

12.10 | 10h30 – Oficina de Birutas com o Coletivo Flutua 

12.10 | 15h – mesa Fazer muito com pouco: arquiteturas para um planeta em transição com Esteban Benavides do escritório Al Borde

12.10 | 16h30 – mesa Terra – construindo um futuro sustentável e democrático 

12.10 | 17h45 – mesa Presença francesa na Bienal e exibição do filme AJAP – Álbuns de Jovens Arquitetos e Paisagistas

13.10 – atividade Ação Pantanal no IABsp

14.10 | 10h – mesa Panorama Urgente! O espaço como ato de permanência

14.10 | 18h – Lançamento do Guia “Educação Baseada na Natureza”

PARTICIPE! É TUDO GRATUITO!

E tem muito mais até 19 de outubro!

NOTA DE PESAR

Em profundo pesar, o Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento de São Paulo (IABsp) lamenta o falecimento do arquiteto e paisagista Kongjian Yu, uma referência global em urbanismo ecológico, e dos membros de sua equipe que o acompanhavam, tragicamente vitimados durante a gravação de um documentário. O instituto destaca a honra de tê-lo tido como participante na 14ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo, onde sua visão transformadora fortaleceu o diálogo entre desafios globais e realidades locais. O IABsp ressalta que a contribuição de Yu, que transcende fronteiras, permanecerá como inspiração para gerações e expressa suas condolências à China, aos familiares de todos os falecidos, amigos e a todos os impactados por seu gênio e dedicação. Leia a nota completa aqui.