Rícino C

Estúdio Rain

Implantação do projeto: Brasil
Desenvolvimento do projeto: Brasil

O interesse por novos materiais tem orientado a pesquisa e a prática do Estúdio RAIN, que desde 2019 se dedica à investigação da resina vegetal derivada do óleo de mamona.

Na fase inicial, o estúdio concentrou-se na experimentação do biomaterial, buscando expandir seu uso além da aplicação tradicional como verniz em camadas finas. O objetivo era possibilitar a moldagem de grandes volumes do material. Dessa etapa, resultaram filtros de luz em tom âmbar — a cor natural da resina. Posteriormente, a pureza do material foi desafiada pela introdução de ar durante o processo de catalisação do material. O aumento de bolhas conferiu à resina um aspecto esbranquiçado e translúcido, possibilitando o desenvolvimento de membranas espumadas de formas orgânicas, usadas como difusores de luz.

A série Rícino C apresenta um terceiro avanço nessa pesquisa. Nela, o polímero vegetal é combinado com agregados naturais para criar materiais compostos. Elementos orgânicos e minerais — como flores, frutas, raízes, algas, sementes e rochas — são incorporados à resina, resultando em superfícies com diferentes texturas, densidades e tonalidades, que podem ser aplicadas a distintas funções.

Em meio a essa pluralidade, a presença do grânulo é o fator unificador. Ele concentra a informação intrínseca do material, definindo suas características visuais e técnicas. O grânulo, porém, não existe de forma isolada: sua essência se manifesta no acúmulo — seja dispersando-se e colorindo a resina, seja sedimentando-se e conferindo dureza e opacidade.

Explorando as novas possibilidades, foi criada uma coleção de linhas ortogonais que evidenciam o caráter enigmático do material. Volumes robustos e silenciosos, quase monolíticos, se articulam entre si por meio de encaixes visíveis, revelando conexões. A série Rícino C expressa a natureza orgânica do polímero vegetal e sua capacidade de transformação, destacando a versatilidade e a beleza do material.

Participe da programação de debates, oficinas e atividades associadas!

HOJE (10.10)

14h30 – mesa Periferia Sem Risco no contexto de mudanças climáticas

16h – mesa Conhecer para Transformar: Planos Comunitários de Redução de Risco e Adaptação Climática

18h30 – mesa Adaptação inclusiva: Soluções Baseadas na Natureza nas Periferias

9h – Oficina desenho: a arquitetura de Oscar Niemeyer no Parque Ibirapuera e o desafio climático

NOS PRÓXIMOS DIAS (11 a 14.10)

ATENÇÃO a mesa Palmas: Há 36 anos, a capital ecológica do Tocantins que seria realizada no dia 11.10 | 19h foi cancelada.

11.10 e 12.10 | 9h – oficina Inventa(rio) Fronteiras: Jogando por cidades multiespécies

11.10 | 10h – oficina Maleta pedagógica Elémenterre

11.10 | 11h – mesa Aprendendo a habitar o antropoceno: a crise da arquitetura

11.10 | 14h – mesa Architecture for Learning and Civic Use

11.10 | 15h – mesa Culture and Public Architecture

11.10 – 15h – oficina Maleta pedagógica Elémenterre

11.10 | 16h – mesa Reconnecting with Nature & Circular Design

11.10 | 17h – mesa Architecture of Belonging: Interpreting Heritage Through Place

12.10 | 10h – mesa Vivência: Refúgios Climáticos e Espaços Públicos Naturalizados, com Ecobairro

12.10 | 10h30 – mesa Infâncias e Clima: Justiça Climática em Territórios Vulneráveis

12.10 | 10h30 – Oficina de Birutas com o Coletivo Flutua 

12.10 | 15h – mesa Fazer muito com pouco: arquiteturas para um planeta em transição com Esteban Benavides do escritório Al Borde

12.10 | 16h30 – mesa Terra – construindo um futuro sustentável e democrático 

12.10 | 17h45 – mesa Presença francesa na Bienal e exibição do filme AJAP – Álbuns de Jovens Arquitetos e Paisagistas

13.10 – atividade Ação Pantanal no IABsp

14.10 | 10h – mesa Panorama Urgente! O espaço como ato de permanência

14.10 | 18h – Lançamento do Guia “Educação Baseada na Natureza”

PARTICIPE! É TUDO GRATUITO!

E tem muito mais até 19 de outubro!

NOTA DE PESAR

Em profundo pesar, o Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento de São Paulo (IABsp) lamenta o falecimento do arquiteto e paisagista Kongjian Yu, uma referência global em urbanismo ecológico, e dos membros de sua equipe que o acompanhavam, tragicamente vitimados durante a gravação de um documentário. O instituto destaca a honra de tê-lo tido como participante na 14ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo, onde sua visão transformadora fortaleceu o diálogo entre desafios globais e realidades locais. O IABsp ressalta que a contribuição de Yu, que transcende fronteiras, permanecerá como inspiração para gerações e expressa suas condolências à China, aos familiares de todos os falecidos, amigos e a todos os impactados por seu gênio e dedicação. Leia a nota completa aqui.