Sistema de Parques Lineares do Rio Piracicaba

Stuchi&Leite - Carlos Leite e Fabiana Stuchi

Implantação do projeto: Brasil
Desenvolvimento do projeto: Brasil

O plano urbano do Sistema de Parques Lineares do Rio Piracicaba, desenvolvido durante a revisão do Plano Diretor da cidade, busca estabelecer uma estratégia de intervenções — urbanas, ambientais, de mobilidade e turísticas — de caráter integrador e com elementos recorrentes, potencializando a conexão já consolidada entre a cidade e suas águas, respeitando sua ecologia, história e cultura, além de viabilizar um resultado de conjunto territorial coeso.
Com a implementação de um Plano Diretor para a orla do Rio Piracicaba, propõe-se um sistema de calçadas, ciclovias, transporte público e fluvial, articulando o conjunto de áreas verdes e de lazer existentes ou projetadas, além de um conjunto de diretrizes estratégicas como:
– Inserção de usos públicos (lazer, decks, esportes);
– Implantação de infraestrutura de apoio (sanitários, alimentação);
– Requalificação de equipamentos de grande porte (Engenho, Aquário, Teatro, Fábrica Boyes, Museus);
– Ativação de frentes comerciais (junto ao Lar dos Velhinhos e na Nova Av. Renato Wagner) e em de áreas com potencial para parcerias com a iniciativa privada.

Integram este conjunto, o Parque do Trabalhador, com nova articulação ao Parque João Herrmann Neto; a Rua do Porto, com calçadas generosas, restaurantes e vista desimpedida para as águas; o consolidado Beira-Rio; além das áreas da antiga Fábrica Boyes, do Museu da Água e, após a Ponte do Mirante, de dois novos parques: o Parque Renato Wagner e, na margem oposta do rio, uma área de futura incorporação, atualmente pertencente à Companhia City. A partir desse ponto, desenha-se uma integração entre os espaços públicos tradicionais e de reconhecido valor histórico: o Parque do Mirante, o Parque do Engenho Central e o Parque do Bosque. Propõe-se ainda a construção de uma terceira passarela de pedestres sobre o rio, desconectada do tráfego de veículos, garantindo a fluidez entre as duas margens.

Ao incorporar mais espaço de fruição junto à Av. Renato Wagner — via de baixa demanda, até então esquecida — foi possível, a partir do redesenho do viário e da retirada das espécies invasoras que obstruíam a relação com as águas, ativar um novo núcleo de lazer da cidade e promover a articulação com o campus da ESALQ–USP.
No escopo deste plano, foi também desenvolvido o projeto de requalificação, ainda não implementada, do Parque do Trabalhador, com perfil voltado prioritariamente às práticas esportivas, em contraste com outras áreas do sistema que possuem usos predominantes distintos:
Parque João Herrmann Neto, de caráter recreativo, voltado a caminhadas e corridas;
Trecho Beira-Rio e Rua do Porto, voltado ao turismo gastronômico e contato direto com o rio;
Parque do Engenho Central, com grandes equipamentos e festas tradicionais;
Parque do Mirante, com ênfase na contemplação da principal queda d’água do rio;
Segmento da Nova Av. Renato Wagner voltado à preservação da paisagem natural e lazer em meio à mata, aproximando entre cidade e natureza.

Fique atento, três atividades acontecem antes da abertura da Bienal:

13/09 – atividade associada | oficina Terra em trama (foto ao lado);
15/09 – oficina Imaginando arquiteturas para um mundo quente – módulo 1 (inscrições até 13/09);
17/09 – dois filmes da 1ª sessão da Mostra Cinema, arquitetura e sociedade: Registros de um mundo quente.

(A programação ainda está em processo de inclusão no site; em breve ela estará completa)