The Babylon project

TIArch Studio, Kazan State University of Architecture and Engineering

Desenvolvimento do projeto: Rússia

 Estudantes do TIArch Studio

O TIArch é um Estúdio educacional de design conceitual, baseado na metodologia autêntica de ensino de disciplinas arquitetônicas por Ilnar Akhtiamov. Desde 2009, atua na base da Universidade Estadual de Arquitetura e Engenharia de Kazan. Como parte desses campos de pesquisa, o Estúdio desenvolve temas relacionados à percepção do espaço urbano, estrutura da cidade, comunidades urbanas, implementação de tecnologias modernas e biotecnologias na arquitetura, e muito mais.

Todos os temas de pesquisa lidam com o contexto atual e têm visão de futuro, incluindo o aqui apresentado.
“Somos responsáveis pelo que nossos antecessores construíram.”
Existem inúmeros edifícios abandonados, vazios e em decadência em todo o mundo, herdados de gerações anteriores. De forma tangível ou intangível, essa arquitetura, sendo um parasita no corpo da cidade, cria um campo “tóxico” ao seu redor. Ela marginaliza bairros, cria problemas ou complementa os existentes. Hoje, esse legado forma um desafio sério para os arquitetos e exige uma ótica construída especial para resolver os problemas acumulados.

E se usarmos esses locais na cidade como uma oportunidade para experimentar? Os objetos já se deterioraram à sua maneira – isso nos dá liberdade de ação; a falta de medo de piorar as coisas leva a soluções ousadas e radicais. Como resultado, os objetos podem mudar muito, mudar de função, escala e, às vezes, até de usuários. Mas o mais importante: é dada às instalações a oportunidade de mudar e trabalhar em benefício do indivíduo.

Somos herdeiros das soluções modernistas de arquitetos demiúrgicos, cujo primeiro passo (para futuros erros) foi demolir o passado. No âmbito das soluções propostas, deixamos a demolição do edifício como o pior desenvolvimento possível do objeto, as ações realizadas sobre ele. E não porque o objeto deixa de existir, mas porque algo mais monstruoso e destrutivo pode surgir em seu lugar. Nossa abordagem é baseada em outros métodos – soluções locais e sutis para trabalhar com a arquitetura existente sem demolir o objeto, por mais maligno que possa parecer para a cidade. Ao trabalhar em um edifício, usamos soluções exploratórias e não refinadas que não são uma demonstração das ambições do arquiteto, mas tornam-se uma manipulação salvadora para o objeto.

O tempo da inação acabou — chegou o momento de enxergar os cantos abandonados e esquecidos de nossas cidades não como fardos, mas como espaços de possibilidade, experimentação e novas formas de vida. O Projeto Babilônia convoca não apenas arquitetos e urbanistas, mas, acima de tudo, comunidades locais, artistas, ativistas e todos aqueles que se sentem responsáveis pelo futuro de suas cidades a ir além das soluções convencionais e parar de esperar que a mudança venha de cima. É através da coragem, do engajamento de base e da ação coletiva que podemos respirar nova vida naquilo que um dia pareceu perdido.

«Somos responsáveis pelo que nossos sucessores herdam»

Participe da programação de debates, oficinas e atividades associadas!

HOJE (10.10)

14h30 – mesa Periferia Sem Risco no contexto de mudanças climáticas

16h – mesa Conhecer para Transformar: Planos Comunitários de Redução de Risco e Adaptação Climática

18h30 – mesa Adaptação inclusiva: Soluções Baseadas na Natureza nas Periferias

9h – Oficina desenho: a arquitetura de Oscar Niemeyer no Parque Ibirapuera e o desafio climático

NOS PRÓXIMOS DIAS (11 a 14.10)

ATENÇÃO a mesa Palmas: Há 36 anos, a capital ecológica do Tocantins que seria realizada no dia 11.10 | 19h foi cancelada.

11.10 e 12.10 | 9h – oficina Inventa(rio) Fronteiras: Jogando por cidades multiespécies

11.10 | 10h – oficina Maleta pedagógica Elémenterre

11.10 | 11h – mesa Aprendendo a habitar o antropoceno: a crise da arquitetura

11.10 | 14h – mesa Architecture for Learning and Civic Use

11.10 | 15h – mesa Culture and Public Architecture

11.10 – 15h – oficina Maleta pedagógica Elémenterre

11.10 | 16h – mesa Reconnecting with Nature & Circular Design

11.10 | 17h – mesa Architecture of Belonging: Interpreting Heritage Through Place

12.10 | 10h – mesa Vivência: Refúgios Climáticos e Espaços Públicos Naturalizados, com Ecobairro

12.10 | 10h30 – mesa Infâncias e Clima: Justiça Climática em Territórios Vulneráveis

12.10 | 10h30 – Oficina de Birutas com o Coletivo Flutua 

12.10 | 15h – mesa Fazer muito com pouco: arquiteturas para um planeta em transição com Esteban Benavides do escritório Al Borde

12.10 | 16h30 – mesa Terra – construindo um futuro sustentável e democrático 

12.10 | 17h45 – mesa Presença francesa na Bienal e exibição do filme AJAP – Álbuns de Jovens Arquitetos e Paisagistas

13.10 – atividade Ação Pantanal no IABsp

14.10 | 10h – mesa Panorama Urgente! O espaço como ato de permanência

14.10 | 18h – Lançamento do Guia “Educação Baseada na Natureza”

PARTICIPE! É TUDO GRATUITO!

E tem muito mais até 19 de outubro!

NOTA DE PESAR

Em profundo pesar, o Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento de São Paulo (IABsp) lamenta o falecimento do arquiteto e paisagista Kongjian Yu, uma referência global em urbanismo ecológico, e dos membros de sua equipe que o acompanhavam, tragicamente vitimados durante a gravação de um documentário. O instituto destaca a honra de tê-lo tido como participante na 14ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo, onde sua visão transformadora fortaleceu o diálogo entre desafios globais e realidades locais. O IABsp ressalta que a contribuição de Yu, que transcende fronteiras, permanecerá como inspiração para gerações e expressa suas condolências à China, aos familiares de todos os falecidos, amigos e a todos os impactados por seu gênio e dedicação. Leia a nota completa aqui.