WISH Manaus. Rethinking the relationship between the rainforest and the city

Università della Svizzera italiana Academy of Architecture. Prof. M. Pedrozzi. With UFAM

Implantação do projeto: Brasil, Suíça
Desenvolvimento do projeto: Brasil, Suíça

A poucos quilômetros da confluência do Rio Negro e do Amazonas, Manaus foi fundada em 1669 e permaneceu por muito tempo uma pequena cidade no meio da floresta amazônica até que, no final do século XIX, recebeu um impulso extraordinário graças à hevea brasiliensis, ou seringueira. O papel indispensável que a borracha assumiu na Revolução Industrial, a ponto de ganhar o apelido de “ouro branco”, transformou subitamente este local remoto na próspera e populosa “Paris dos Trópicos”, uma das primeiras cidades brasileiras a receber eletricidade e sede do famoso teatro Amazonas, cuja construção condensou a melhor artesania e a excelência manufatureira do Velho Mundo. Hoje, tendo superado a febre da borracha, Manaus ainda é um importante centro financeiro e cultural do Brasil, com o maior porto fluvial do sistema hidrográfico amazônico e um ativo porto pesqueiro. Esta economia florescente, que também se beneficia de uma próspera indústria do turismo, tem sido ameaçada pela terrível seca que recentemente assolou a região amazônica, além dos duros fenômenos de desmatamento e incêndios.

A WISH partiu para investigar o delicado equilíbrio desta “ilha” urbana no meio da Amazônia e refletir – através do projeto de habitação coletiva – sobre as possibilidades de continuar a habitar este ecossistema extraordinário à luz de uma renovada sensibilidade ambiental. Graças à excepcional contribuição do Nama (Núcleo Arquitetura Moderna na Amazônia), que há anos se dedica a compreender como as exigências arquitetônicas contemporâneas podem ser inseridas no complexo e delicado equilíbrio amazônico, quinze locais de projeto foram identificados – um para cada aluno – ajudando-nos a compreender e tocar nos pontos temáticos de viver na floresta tropical: exploramos técnicas construtivas locais, compreendemos o papel da sombra e da conexão com o solo na realidade amazônica, refletimos sobre a continuidade entre interior e exterior em relação às condições climáticas específicas deste lugar, trabalhamos na necessária “dutilidade” dos objetos arquitetônicos que têm de lidar com uma excursão sazonal do nível de água do Rio Negro que pode chegar a catorze metros.

Agradecemos a todas e todos que participaram e visitaram a 14ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo, de 18 de setembro a 19 de outubro de 2025

NOTA DE PESAR

Em profundo pesar, o Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento de São Paulo (IABsp) lamenta o falecimento do arquiteto e paisagista Kongjian Yu, uma referência global em urbanismo ecológico, e dos membros de sua equipe que o acompanhavam, tragicamente vitimados durante a gravação de um documentário. O instituto destaca a honra de tê-lo tido como participante na 14ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo, onde sua visão transformadora fortaleceu o diálogo entre desafios globais e realidades locais. O IABsp ressalta que a contribuição de Yu, que transcende fronteiras, permanecerá como inspiração para gerações e expressa suas condolências à China, aos familiares de todos os falecidos, amigos e a todos os impactados por seu gênio e dedicação. Leia a nota completa aqui.