Woven breathing façade: hygroscopic responsive textile architecture

Ye Sul E. Cho, Jane Scott, Ben Bridgens

Desenvolvimento do projeto: Reino Unido

Fachada Respiratória Entrelaçada reimagina a arquitetura como um organismo vivo e adaptativo. Concebido como um sistema autorregulador, ele responde passivamente ao calor, à umidade e à chuva, aproveitando as propriedades higroscópicas da madeira. Sem eletricidade ou componentes mecânicos, seus elementos entrelaçados expandem e contraem com as mudanças atmosféricas, abrindo para ventilar, fechando para proteger e negociando continuamente com o clima circundante.

Em vez de depender de complexidade tecnológica ou controle artificial, o projeto recorre à inteligência intrínseca dos materiais naturais. Inspirada pelas técnicas tradicionais de cestaria, a fachada transforma a capacidade higroscópica inata da madeira em um tecido responsivo. Cada ponto funciona como um poro, apertando ou afrouxando com as mudanças ambientais, criando uma trama viva que respira com seu contexto.

Ao longo da bienal, a instalação permanecerá em movimento. Mudanças sutis na temperatura, umidade e até mesmo a presença de visitantes ativarão a fachada, transformando-a em uma performance lenta de coexistência com as forças naturais.

Em um momento de extremos climáticos e urgência ecológica, a Fachada Respiratória Entrelaçada oferece uma visão alternativa para o ambiente construído. Em vez de sistemas selados e isolados dependentes de infraestruturas intensivas em energia, ela imagina edifícios como membranas porosas — sensíveis, adaptativas e vivas. Esta abordagem bioinspirada propõe uma mudança radical em como projetamos e habitamos o espaço: uma arquitetura que não impõe controle, mas que ouve, sente e evolui em ressonância com os ritmos de seu ambiente.

Agradecimentos:
A Fachada Respiratória Entrelaçada foi desenvolvida por meio do projeto de pesquisa RESPIRE: Passive, Responsive, Variable Porosity Building Skins, financiado por uma bolsa de pesquisa do Leverhulme Trust. Agradecimentos especiais a Natalia Pynirtzi por sua contribuição para este trabalho; e a Oliver Perry e Nathan Hudson pelo suporte técnico. O projeto foi realizado em parceria com o Hub for Biotechnology in the Built Environment (HBBE, www.bbe.ac.uk), financiado pelo fundo Expanding Excellence in England (E3) da Research England.

Participe da programação de debates, oficinas e atividades associadas!

HOJE (10.10)

14h30 – mesa Periferia Sem Risco no contexto de mudanças climáticas

16h – mesa Conhecer para Transformar: Planos Comunitários de Redução de Risco e Adaptação Climática

18h30 – mesa Adaptação inclusiva: Soluções Baseadas na Natureza nas Periferias

9h – Oficina desenho: a arquitetura de Oscar Niemeyer no Parque Ibirapuera e o desafio climático

NOS PRÓXIMOS DIAS (11 a 14.10)

ATENÇÃO a mesa Palmas: Há 36 anos, a capital ecológica do Tocantins que seria realizada no dia 11.10 | 19h foi cancelada.

11.10 e 12.10 | 9h – oficina Inventa(rio) Fronteiras: Jogando por cidades multiespécies

11.10 | 10h – oficina Maleta pedagógica Elémenterre

11.10 | 11h – mesa Aprendendo a habitar o antropoceno: a crise da arquitetura

11.10 | 14h – mesa Architecture for Learning and Civic Use

11.10 | 15h – mesa Culture and Public Architecture

11.10 – 15h – oficina Maleta pedagógica Elémenterre

11.10 | 16h – mesa Reconnecting with Nature & Circular Design

11.10 | 17h – mesa Architecture of Belonging: Interpreting Heritage Through Place

12.10 | 10h – mesa Vivência: Refúgios Climáticos e Espaços Públicos Naturalizados, com Ecobairro

12.10 | 10h30 – mesa Infâncias e Clima: Justiça Climática em Territórios Vulneráveis

12.10 | 10h30 – Oficina de Birutas com o Coletivo Flutua 

12.10 | 15h – mesa Fazer muito com pouco: arquiteturas para um planeta em transição com Esteban Benavides do escritório Al Borde

12.10 | 16h30 – mesa Terra – construindo um futuro sustentável e democrático 

12.10 | 17h45 – mesa Presença francesa na Bienal e exibição do filme AJAP – Álbuns de Jovens Arquitetos e Paisagistas

13.10 – atividade Ação Pantanal no IABsp

14.10 | 10h – mesa Panorama Urgente! O espaço como ato de permanência

14.10 | 18h – Lançamento do Guia “Educação Baseada na Natureza”

PARTICIPE! É TUDO GRATUITO!

E tem muito mais até 19 de outubro!

NOTA DE PESAR

Em profundo pesar, o Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento de São Paulo (IABsp) lamenta o falecimento do arquiteto e paisagista Kongjian Yu, uma referência global em urbanismo ecológico, e dos membros de sua equipe que o acompanhavam, tragicamente vitimados durante a gravação de um documentário. O instituto destaca a honra de tê-lo tido como participante na 14ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo, onde sua visão transformadora fortaleceu o diálogo entre desafios globais e realidades locais. O IABsp ressalta que a contribuição de Yu, que transcende fronteiras, permanecerá como inspiração para gerações e expressa suas condolências à China, aos familiares de todos os falecidos, amigos e a todos os impactados por seu gênio e dedicação. Leia a nota completa aqui.