Implantação do projeto: China
Desenvolvimento do projeto: China
A Exposição de Arquitetura da China na 14ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo, Compartilhar · Co-crescer · Comensalidade: Projetando para um Planeta Superaquecido, marca uma rara aparição coletiva de trinta renomados arquitetos chineses. Cada participante traz uma nova obra moldada pelos ventos do lugar, pela memória da terra e pelas urgências do clima. Estes projetos não são declarações de forma ou exibições de assinatura pessoal, mas sim conversas silenciosas e significativas com rios, com montanhas, com bairros e com pessoas. Em conjunto.
A equipe curatorial — o Curador-Chefe Li Cundong e a Curadora Executiva Xiao Wei — resistiu deliberadamente a impor um único estilo ou narrativa. Em vez disso, eles permitem que surja um coro de vozes, entrelaçando tradições, inovações e visões para o futuro. Sua abordagem destaca a arquitetura não apenas como produção técnica, mas também como empatia cultural e responsabilidade ecológica.
A exposição está estruturada em cinco eixos: Ressonância Vernacular, que reinterpreta tradições locais como pátios, estruturas de madeira ou padrões de aldeia como sementes para futuros enraizados; Inovação Verde, onde a sustentabilidade não é ornamento, mas origem, integrando energia renovável, biomateriais e práticas circulares; Resiliência para o Futuro, propondo infraestruturas adaptáveis e espaços públicos capazes de resistir a inundações, secas e extremos; O Valor das Margens, onde a inovação surge em periferias, assentamentos informais e fronteiras ecológicas; e De Volta ao Equilíbrio, uma perspetiva prospectiva rumo ao Congresso Mundial de Arquitetos da UIA 2029 em Pequim.
Complementando estes, há cinco perspectivas adicionais: Edifícios Verdes, promovendo o equilíbrio ecológico através de estratégias de ciclo de vida de baixo carbono; Regeneração Urbana, reativando áreas urbanas adormecidas através de intervenções específicas que respeitam a história enquanto atendem necessidades contemporâneas; Arquitetura Paisagística, retecendo ecossistemas fragmentados e aumentando a resiliência climática; Revitalização Rural, transformando criativamente assentamentos tradicionais em novos paradigmas de crescimento endógeno; e Práticas Inovadoras, que rompem fronteiras disciplinares e exploram novas possibilidades na interseção entre tecnologia digital, biomimética e experimentação social.
Como uma das exposições centrais desta Bienal, a Exposição de Arquitetura da China é menos uma exibição de “feitos” e mais uma prática de responsabilidade compartilhada. Ela demonstra como a arquitetura pode permanecer humilde, mas transformadora — ancorada no lugar, atenta às pessoas e orientada para um futuro planetário mais equilibrado e sustentável.