Cultivando Equidade de Sombra: Arquiteturas para Plantio Comunitário

Lily Chishan Wong

Implantação do projeto: EUA
Desenvolvimento do projeto: EUA

As árvores são consideradas por urbanistas e designers uma infraestrutura verde eficaz para mitigar os impactos do calor extremo. No entanto, a distribuição urbana da copa das árvores está frequentemente correlacionada com classe e raça. Em Miami, por exemplo, estudos de scholars ambientais e de políticas públicas demonstraram que bairros mais pobres e racializados têm menos árvores do que os bairros affluenters. Apesar das iniciativas de florestamento urbano, dois problemas principais persistiram na última década. Primeiro, os municípios só podem plantar árvores em áreas de propriedade pública, o que pode ser limitante em escopo. Segundo, a falta de investimento na manutenção das árvores resulta em “desperdício verde” – mudas de árvores nem sempre sobrevivem aos primeiros 5 a 10 anos antes de amadurecerem o suficiente para fornecer copas efetivas. Nesses anos decisivos, o engajamento da comunidade é crucial para estabelecer sistemas de cuidado contínuo entre humanos e a vida vegetal.

Este projeto aborda o florestamento urbano tanto como um projeto ambiental quanto socioeconômico, no qual a arquitetura pode apoiar uma cultura de cuidado recíproco entre árvores e pessoas. Ele adapta as estruturas botânicas de “casas de sombra” (shade houses), onipresentes nas áreas agrícolas e horticultoras do Sul da Flórida, para o contexto urbano. As intervenções equipam espaços públicos e residuais com a sombra temporária necessária para apoiar a manutenção das árvores e articular engajamentos comunitários. O objetivo é fornecer uma estratégia arquitetônica para programas administrados pelo governo, como a distribuição de mudas, compostagem e educação botânica, acessíveis ao público a um baixo custo.

Participe da programação de debates, oficinas e atividades associadas!

HOJE (10.10)

14h30 – mesa Periferia Sem Risco no contexto de mudanças climáticas

16h – mesa Conhecer para Transformar: Planos Comunitários de Redução de Risco e Adaptação Climática

18h30 – mesa Adaptação inclusiva: Soluções Baseadas na Natureza nas Periferias

9h – Oficina desenho: a arquitetura de Oscar Niemeyer no Parque Ibirapuera e o desafio climático

NOS PRÓXIMOS DIAS (11 a 14.10)

ATENÇÃO a mesa Palmas: Há 36 anos, a capital ecológica do Tocantins que seria realizada no dia 11.10 | 19h foi cancelada.

11.10 e 12.10 | 9h – oficina Inventa(rio) Fronteiras: Jogando por cidades multiespécies

11.10 | 10h – oficina Maleta pedagógica Elémenterre

11.10 | 11h – mesa Aprendendo a habitar o antropoceno: a crise da arquitetura

11.10 | 14h – mesa Architecture for Learning and Civic Use

11.10 | 15h – mesa Culture and Public Architecture

11.10 – 15h – oficina Maleta pedagógica Elémenterre

11.10 | 16h – mesa Reconnecting with Nature & Circular Design

11.10 | 17h – mesa Architecture of Belonging: Interpreting Heritage Through Place

12.10 | 10h – mesa Vivência: Refúgios Climáticos e Espaços Públicos Naturalizados, com Ecobairro

12.10 | 10h30 – mesa Infâncias e Clima: Justiça Climática em Territórios Vulneráveis

12.10 | 10h30 – Oficina de Birutas com o Coletivo Flutua 

12.10 | 15h – mesa Fazer muito com pouco: arquiteturas para um planeta em transição com Esteban Benavides do escritório Al Borde

12.10 | 16h30 – mesa Terra – construindo um futuro sustentável e democrático 

12.10 | 17h45 – mesa Presença francesa na Bienal e exibição do filme AJAP – Álbuns de Jovens Arquitetos e Paisagistas

13.10 – atividade Ação Pantanal no IABsp

14.10 | 10h – mesa Panorama Urgente! O espaço como ato de permanência

14.10 | 18h – Lançamento do Guia “Educação Baseada na Natureza”

PARTICIPE! É TUDO GRATUITO!

E tem muito mais até 19 de outubro!

NOTA DE PESAR

Em profundo pesar, o Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento de São Paulo (IABsp) lamenta o falecimento do arquiteto e paisagista Kongjian Yu, uma referência global em urbanismo ecológico, e dos membros de sua equipe que o acompanhavam, tragicamente vitimados durante a gravação de um documentário. O instituto destaca a honra de tê-lo tido como participante na 14ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo, onde sua visão transformadora fortaleceu o diálogo entre desafios globais e realidades locais. O IABsp ressalta que a contribuição de Yu, que transcende fronteiras, permanecerá como inspiração para gerações e expressa suas condolências à China, aos familiares de todos os falecidos, amigos e a todos os impactados por seu gênio e dedicação. Leia a nota completa aqui.