Projetos em Aldeias da T.I Tupiniquim Guarani (ES) elaborados por processo participativo

Grupo Fresta: Anita Freire, Carolina Sacconi, Otávio Sasseron, Luan Carone e Tais Freire

Implantação do projeto: Brasil
Desenvolvimento do projeto: Brasil

Formado em 2008, o Grupo ][ Fresta é formado por quatro arquitetos e uma socióloga [Anita Freire, Carolina Sacconi, Luan Carone ,Otávio Sasseron e Tais Freire], atuando em projetos arquitetônicos e socioculturais. O produto final é a arquitetura e, para esta materializar- se, há sempre um trabalho interdisciplinar de investigação e envolvimento por meio de processos participativos com a comunidade local para qual o projeto será destinado. Assim como nos projetos desenvolvidos para as comunidades de Heliópolis (SP), do Rio Pequeno (SP), dos povos Guarani e Tupi da TI Tenondé Porã (SP), da TI Tupiniquim Guarani (ES), das comunidades pesqueiras da RESEX Canavieiras (BA), de Novo Airão (AM) ou de Marujá, Ilha do Cardoso (SP), o Grupo Fresta busca um novo olhar sobre o existente, busca canalizar a potencialidade de seu contexto para então concretizar na arquitetura aquela matéria-prima inicial: a identidade de seu lugar e de seus habitantes, e assim revelar e formalizar sua cultura em edificações.

Os projetos na Terra Indígena Tupiniquim Guarani, no município de Aracruz, ao norte do estado do Espírito Santo, foram elaborados a partir de um trabalho de consultoria técnica e projetos de arquitetura, elaborado no âmbito de um Plano Básico Ambiental.
A partir de processos participativos realizados em sete aldeias indígenas, três da etnia Tupiniquim e quatro da etnia Guarani Mbya, compactuou-se como seriam os programas para o desenvolvimento dos projetos de arquitetura. Buscou-se, nesse momento, uma melhor compreensão da arquitetura e da cultura de cada comunidade, buscando compreender em campo, as formas de habitar, os usos, as necessidades e o contexto social e ambiental como um todo.

Desta forma, a partir da realização das oficinas participativas, foram elaborados quatro projetos para o povo Guarani: alojamentos na aldeia Piraqueaçu, uma cozinha comunitária na aldeia Olho D’Água, um centro comunitário na aldeia Três Palmeiras, uma farmácia natural na aldeia Boa Esperança, e quatro projetos para o povo Tupiniquim: uma cozinha industrial na aldeia Areal, uma cozinha industrial na aldeia Irajá e, por fim, uma casa de mulheres e um galpão agrícola na aldeia Pau Brasil. Importante ressaltar que nestes projetos, os materiais, os usos, as necessidades e eventualmente as formas e distribuições espaciais foram discutidas e decididas pelos próprios indígenas.

O objetivo buscado com os projetos foi propor construções que atendessem aos usos propostos e respeitassem a cultura de cada comunidade. O uso de técnicas e materiais tradicionais, assim como o baixo custo das construções e da manutenção dos edifícios foram também preocupação constante do desenvolvimento dos projetos. Todas as construções adotaram sistemas construtivos sustentáveis de baixo impacto ambiental e tiveram como premissa a utilização de sistemas ecológicos de tratamento de esgoto (círculo de bananeira para águas cinzas e bacias de evapotranspiração para águas negras).

Participe da programação de debates, oficinas e atividades associadas!

HOJE (18.10)

10h – mesa Agir para a adaptação climática a partir do Poder Público

10h – oficina Maratona de design para comunicar cidades justas, resilientes e de baixo carbono

14h – mesa Alcançando a descarbonização e a resiliência no ambiente construído

15h – Lançamento Livro Parque Orla Piratininga Alfredo Sirkis – Natureza, inovação e justiça socioambiental

16h – Lançamento da Publicação do II Seminário Emergência Climática e Cidade

18h30 – Sessão de Encerramento + Premiação do Concurso Internacional de Escolas da 14ª BIAsp 

AMANHÃ (19.10)

16h – Deixe a água fluir…Uma homenagem para o arquiteto Kongjiang Yu e para os cinegrafistas Luiz Ferraz e Rubens Crispim 

17h – atividade Panorama Urgente! Visita ao projeto Panorama Lab no Jardim Panorama 

PARTICIPE! É TUDO GRATUITO!

A Bienal está aberta até 19 de outubro!

NOTA DE PESAR

Em profundo pesar, o Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento de São Paulo (IABsp) lamenta o falecimento do arquiteto e paisagista Kongjian Yu, uma referência global em urbanismo ecológico, e dos membros de sua equipe que o acompanhavam, tragicamente vitimados durante a gravação de um documentário. O instituto destaca a honra de tê-lo tido como participante na 14ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo, onde sua visão transformadora fortaleceu o diálogo entre desafios globais e realidades locais. O IABsp ressalta que a contribuição de Yu, que transcende fronteiras, permanecerá como inspiração para gerações e expressa suas condolências à China, aos familiares de todos os falecidos, amigos e a todos os impactados por seu gênio e dedicação. Leia a nota completa aqui.