“Perceber não é observar de fora um mundo estendido diante de si, pelo contrário, é entrar num ponto de vista, assim como simpatizamos. Percepção é participação.” (Lapoujade)

Durante uma semana, o workshop propõe um exercício de atenção e escuta às paisagens e territórios do parque do Ibirapuera. Observaremos formas, padrões, texturas e gestos, em busca das gramáticas da natureza expressas em seus seres, materiais e processos.
Apontaremos nossas investigações ao ínfimo. Utilizaremos no processo a cartografia como método vivo de pesquisa e registro. Ao traçar linhas, anotar percepções e reconhecer repetições, abrimos espaço para traduzir observações em materialidades provisórias. Essa prática se alimenta de referências de arte contemporânea, de noções de site specific e de exercícios de coletivização, costurando uma reflexão sobre como criar beleza em diálogo com o território.
Com a mentoria de Jane Hall e de Vitor Barão, o grupo reunirá percepções e atravessamentos através da criação de um objeto estético. Experimentaremos formas de expressão que emergem do encontro entre paisagem, corpo e grupo.

Jane Hall é autora e membro fundadora da Assemble, coletivo britânico de arquitetura vencedor do Turner Prize. Pesquisadora no Royal College of Art, é autora do estudo pioneiro Breaking Ground: Architecture by Women (Phaidon, 2019), no qual discute a contribuição historicamente negligenciada das mulheres para a arquitetura. Em seu livro mais recente, Woman Made (Phaidon, 2021), Jane compartilha o que aprendeu sobre as melhores designers do mundo, ampliando a visibilidade do trabalho de mulheres na história do design e da arquitetura.

Vitor Barão é biólogo pela USP e Mestre em Ciências pelo Depto. de Botânica do IB-USP, fotógrafo e cozinheiro autodidata, atua como artista multidisciplinar entre as linguagens da arte, ciência, cozinha e tecnologia. É consultor em biomimética e assessor para projetos de arte e tecnologia além de professor da graduação em design do Istituto Europeu di Design com a disciplina “Biodesign”. É maker, com experiências em invenção de dispositivos para cenografia, empresas e produtos, e em educação mão na massa em diversas escolas.

Programação:

29/setembro (segunda-feira): IED São Paulo – 9h às 11h40
30/setembro (terça-feira): Bienal na Oca | Ibirapuera – 10h às 12h40
01/outubro (quarta-feira): Bienal na Oca | Ibirapuera – 10h às 12h40
02/outubro (quinta-feira): Bienal na Oca | Ibirapuera – 10h às 12h40
03/outubro (sexta-feira): Bienal na Oca | Ibirapuera – 10h às 12h40

Carga horária total: 15 horas

A atividade tem apoio do IED-SP e do British Council.

Gratuito

Inscrições:

São poucas vagas abertas ao público. Inscreva-se e aguarde a confirmação por e-mail.
Inscrições:

As inscrições devem ser feitas aqui.

A oficina convida os participantes a mergulharem em uma experiência prática que une ciência cidadã, tecnologia aberta e mobilidade urbana. A proposta é explorar a cidade com a bicicleta, as transformando em verdadeiros laboratórios móveis capazes de coletar dados ambientais e de mobilidade em tempo real. Ao longo do encontro, as bicicletas equipadas com sensores de código aberto medirão parâmetros como qualidade do ar, temperatura, umidade, condições do pavimento e distância de ultrapassagem por veículos motorizados. Dessa forma, as condições urbanas tornam-se não apenas visíveis, mas também quantificáveis e discutíveis a partir da perspectiva do cidadão comum.

O encontro começa com uma breve introdução sobre a tecnologia do senseBox:bike, destacando a importância dos sensores abertos e da transparência dos dados coletados. Os participantes terão a oportunidade de compreender como funciona o kit de sensores da senseBox:bike, instalá-lo em uma bicicleta e aprender a operar o sistema de forma simples e colaborativa. Em seguida, será realizado um passeio (opcional) de 15 a 30 minutos pelas ruas da cidade, no qual os dados ambientais e de mobilidade serão coletados pelos próprios participantes.

De volta ao espaço da oficina, os dados coletados serão visualizados, permitindo um debate coletivo sobre como essa informação, gerada de maneira participativa, pode apoiar tanto a mobilização social quanto o monitoramento das políticas públicas. Essa etapa busca mostrar que, ao invés de depender exclusivamente de dados oficiais, os cidadãos também podem produzir evidências concretas para o planejamento urbano e para a defesa de melhores condições cicloviárias.

Para participar do passeio, é recomendado trazer sua própria bicicleta. Ao final da oficina, os participantes terão experimentado um novo olhar sobre o ato de pedalar pela cidade misturado com o uso de dados abertos pode fortalecer comunidades, gerar diálogo com o poder público para um futuro mais democrático e sustentável da mobilidade urbana.

Gratuito

Vagas: 15

👉 Traga sua bicicleta.

Inscrições:
As inscrições devem ser feitas aqui.
A seleção será feita por ordem de inscrição.
As inscrições estarão abertas até o início da atividade, no local, desde que haja vagas disponíveis.

Nos dias 11 e 12 de outubro serão realizadas 8 oficinas com duração de 1h30 cada. A programação completa com horários está no final da página.


O grupo de Pesquisa e Extensão Natureza Política EA-UFMG propõe a oficina Inventa(rio) Fronteiras – Jogando por Cidades Multiespécies, desenvolvida a partir da pesquisa acadêmica “Fronteiras” (FAPEMIG APQ-02540-24). A atividade se estrutura em torno de um jogo que funciona como ferramenta metodológica voltada a complexificar a compreensão dos conflitos socioambientais no campo da arquitetura, urbanismo e paisagismo. A proposta se insere na discussão do grupo sobre metodologias para Projetos Multiespécies, que buscam integrar agentes não-humanos como sujeitos ativos na constituição e manutenção dos ecossistemas urbanos. Por meio de dinâmicas lúdicas convida os participantes a mapear, narrar e imaginar outras formas de habitar os territórios, reconhecendo as múltiplas existências que compõem a vida nas cidades. A oficina propõe uma escuta atenta às fronteiras visíveis e invisíveis que marcam os espaços e seus conflitos, ampliando o repertório crítico e sensível para atuação profissional e acadêmica.

Equipe – Grupo de Pesquisa e Extensão Natureza Política EA – UFMG.
Coordenação: Luciana Bragança, Marcela Brandão.
Bolsistas: Ana Clara Vitor, Beatriz Amorim, Geisielly Saroa, Maria Clara Campos, Thales Andrade, Bruna Sirotheau, Marcelo Eisenberg.

A proposta é a aplicação desse jogo desenvolvido pelo grupo como uma metodologia lúdica que simula a construção de cidades a partir da interação entre sujeitos, evidenciando como projetos urbanos podem beneficiar ou prejudicar diferentes sujeitos. Ele se estrutura assim, como um de Jogo de Empatia e considera a interação e coexistência de diferentes espécies — humanas e não-humanas — nos ambientes construídos e busca superar desafios de comunicação e interpretação que, muitas vezes, dificultam o entendimento em processos de projeto e planejamento urbano. A estrutura, os objetivos e as dinâmicas propostas para o jogo fazem com que cada jogador tenha a experiência de viver a construção da bacia hidrográfica como seu personagem.

O objetivo é promover uma discussão crítica sobre resiliência climática e planejamento urbano, utilizando o jogo como instrumento dialógico. A oficina busca sensibilizar os envolvidos para as situações de conflito no território planejado, que, na maioria das vezes, marginaliza a presença dos sujeitos não-humanos e de alguns humanos, como por exemplo os racializados e os sem casa. Com essa oficina, espera-se não apenas gerar reflexões, mas também inspirar projetos e ações concretas rumo a cidades mais inclusivas.

Os participantes serão convidados a jogar com seus corpos assumindo papéis como água, vento, plantas, animais ou seres humanos de diversos grupos. Os peões são a própria pessoas. Cartas de construção, conflito, conectividade e permanência introduzem situações e espaços reais, como prédios, enchentes, desmatamento, arborização, permitindo que os jogadores vivenciem as consequências de diferentes intervenções urbanas de acordo com o personagem que assume.

Gratuito

Vagas: 20 por turma (8 turmas)

Atenção: Trazer material de desenho. Não usar salto alto ou sapato com pontas.

Inscrições:
As inscrições devem ser feitas pelo formulário disponível aqui.
A seleção será feita por ordem de inscrição.
As inscrições estarão abertas até 10 de outubro de 2025.

Programação:
Cada oficina terá a duração de 1h30

11/10 – 09h às 10h30
11/10 – 10h30 às 12h
11/10 – 14h às 15h30
11/10 – 15h30 às 17h


12/10 – 09h às 10h30
12/10 – 10h30 às 12h
12/10 – 14h às 15h30
12/10 – 15h30 às 17h

Em caso de dúvidas fale com o Grupo Natureza Política através do e-mail: natureza.política@gmail.com.

Pavilhão da Oca | 1º andar | Lab Vivo

O workshop explorará o potencial de biomateriais marinhos , a partir do projeto CONQ, desenvolvido por Heidi Jalkh e Angie Dub. Inspirada na natureza, esta solução investiga como materiais como as conchas marinhas — podem transformar resíduos em biocerâmica em temperatura ambiente. Essas biocerâmicas figuram como alternativa sustentável para sistemas de revestimento de fachadas de edifícios, monomateriais projetados sob medida para alcançar uma variedade de propriedades mecânicas e estéticas. Ao mesmo tempo, os participantes são convidados a refletir sobre os impactos ambientais e sociais do uso de resíduos como recurso, destacando o potencial dos biomateriais de origem marinha no design regenerativo e na economia circular local.

Todos os anos, mais de 10 milhões de toneladas de conchas — principalmente de ostras, vieiras e mexilhões — são descartadas como resíduo. Este projeto investiga como os recursos de origem marinha, frequentemente negligenciados como subprodutos, podem servir de base para a experimentação material na arquitetura, no design, no artesanato e na ciência. Ele destaca práticas materiais inovadoras que redefinem a relação entre o ambiente construído e os ecossistemas que o sustentam.

Abrangendo múltiplas escalas — desde edifícios e elementos construtivos até cadeias de valor material— o projeto examina como o design pode fomentar novas interdependências entre materiais, construção e sistemas ecológicos.

No centro desta investigação está a pesquisa colaborativa da arquiteta ambiental Angie Dub e da designer experimental Heidi Jalkh, que vêm transformando conchas descartadas em um material sustentável para o ambiente construído. Ao combinar conchas trituradas com biopolímeros à base de algas, elas produzem uma biocerâmica sem uso de calor, composta inteiramente de biomassa marinha. Esta pesquisa baseada na prática repensa as cadeias de valor biorregionais, explorando o potencial dos resíduos marinhos dentro de territórios urbanos como Buenos Aires e Berlim, cidades onde as designers estão sediadas.

Por meio de protótipos, matérias-primas, componentes moldados e amostras de teste desenvolvidas durante a fase de pesquisa, o projeto oferece uma exploração detalhada da transformação do material — da concha ao produto final.

CONQ apresenta um sistema construtivo modular emergente, ilustrando o potencial de aplicação dessa biocerâmica à base de conchas e apontando para futuras trajetórias de pesquisa. Além disso, as amostras de materiais revelam a diversidade de cores e acabamentos que emergem naturalmente de diferentes espécies de conchas, demonstrando a variabilidade inerente do material e o equilíbrio do design entre desempenho mecânico e versatilidade estética.

O projeto enfatiza a urgência de uma transição das práticas extrativistas para economias regenerativas e circulares. Em vez de considerar os recursos naturais como elementos inertes e meramente extraíveis, propõe uma abordagem dinâmica e sistêmica, que reconhece as profundas interconexões entre materiais, edificações e os ecossistemas que os sustentam.

As mudanças climáticas constatadas nas últimas décadas vêm impondo novos desafios à forma como são planejadas e administradas as cidades. A frequência crescente de eventos extremos, como ondas de calor, enchentes repentinas, períodos prolongados de estiagem e elevação do nível do mar, evidencia que o modelo tradicional de urbanização, baseado em estruturas rígidas e pouco adaptáveis, já não oferece respostas adequadas às demandas atuais. Nesse cenário, torna-se urgente um novo olhar para a gestão urbana, baseada no pensamento sistêmico, capaz de integrar estratégias de mitigação e adaptação, integrando moradores como coprotagonistas, conciliando desenvolvimento humano com equilíbrio ambiental.

É nesse contexto que se destacam os projetos que utilizam Soluções baseadas na Natureza (SbN). Essas soluções partem do princípio de que os processos naturais podem ser incorporados à dinâmica urbana para oferecer benefícios sociais, econômicos e ambientais de longo prazo.

Diferentes tipos de SbN, como alagados construídos, biovaletas, bacias de bioretenção e de detenção, renaturalização de rios, florestas-esponja urbanas, entre outros, contribuem para que os ambientes urbanos absorvam, armazenem e reutilizem a água da chuva, reduzindo alagamentos e melhorando a recarga dos aquíferos. Áreas verdes, parques lineares, telhados verdes, jardins de chuva e corredores ecológicos tornam-se elementos estratégicos, ao mesmo tempo em que promovem o bem-estar da população, aumentam a permeabilidade do solo, conservam a biodiversidade e contribuem para o conforto térmico. Dessa forma, os serviços ecossistêmicos — como a regulação climática, a purificação do ar, a proteção da fauna e flora e a oferta de espaços de lazer — são dinamizados de forma contínua, ampliando os ganhos coletivos.

As oficinas propostas buscam explorar justamente esse potencial transformador. A partir de uma cidade fictícia, os participantes serão convidados a analisar desafios urbanos e propor diferentes SbN, exercitando a criatividade e o raciocínio integrado diante de problemas complexos. O processo será acompanhado pela equipe do PRO Sustentável, que apresentará os conceitos fundamentais para a implantação de SbN incluindo técnicas de bioengenharia, garantindo que as soluções desenvolvidas não sejam apenas tecnicamente viáveis, mas também coerentes com as necessidades sociais e ambientais.

Mais do que um exercício acadêmico, as oficinas têm como objetivo despertar nos participantes uma visão crítica e inovadora, mostrando que a adaptação às mudanças climáticas não depende apenas de grandes obras de engenharia, mas também de pequenas e múltiplas intervenções, inspiradas na própria lógica da natureza e no envolvimento dos moradores como coprotagonistas dos projetos. Assim, cada proposta contribuirá para reforçar a ideia de que cidades mais verdes, permeáveis e integradas são também cidades mais humanas, preparadas para enfrentar os desafios climáticos do presente e do futuro. Brinde: Livro POP.

Gratuito

Vagas: 25 por turma (2 turmas)

Cada participante receberá 1 livro sobre o Parque Orla Piratininga de brinde

Turma 1

6.10 – das 14h às 17h

Turma 2 

7.10 – das 15h às 18h

Inscrições:
As inscrições devem ser feitas pelo formulário disponível aqui.

As inscrições estarão abertas até um dia antes do início da oficina.

A seleção será feita por ordem de inscrição.

As mudanças climáticas são uma ameaça à humanidade e a janela de oportunidade para atenuar significativamente seus impactos está se fechando rapidamente. Os riscos climáticos estão se agravando de forma mais rápida e severa do que o previsto, o que torna a adaptação cada vez mais desafiadora. Nas cidades, a crise climática intensifica os riscos já existentes, como ondas de calor, inundações, deslizamentos de terra e limitações no fornecimento de água potável. Considerando que mais da metade da população mundial vive nessas áreas, os eventos climáticos extremos nesses espaços resultam em graves impactos socioeconômicos e elevados índices de morbimortalidade.

Esta atividade propõe uma maratona de design colaborativo – no estilo de uma “hackatona” – que convida participantes a construir imaginários acerca da adaptação das cidades brasileiras à mudança climática.

O objetivo é estimular a construção coletiva de representações visuais que expressem estratégias, soluções e futuros desejáveis de cidades adaptadas, a partir de uma perspectiva de justiça socioambiental e alinhada aos desafios enfrentados pelas cidades do Sul Global. As ilustrações deverão traduzir de forma acessível e mobilizadora conceitos relacionados ao desenvolvimento urbano resiliente e de baixo carbono, gestão de risco de desastres, gestão das águas, mobilidade sustentável com ênfase em modos ativos e transporte coletivo, presença da natureza nos espaços urbanos, soluções baseadas na natureza, materiais e técnicas construtivas de baixo carbono adaptadas aos biomas locais, arborização, biodiversidade urbana e moradias dignas, seguras e adaptadas às mudanças do clima.

As inscrições são gratuitas e abertas a todos interessados. Convidamos designers, profissionais da arquitetura e do urbanismo, artistas visuais, comunicadores, especialistas em mudança climática, estudantes de arquitetura e a quem mais possa se interessar.

Uma imagem será selecionada e seus(suas) autores(as) serão contratados(as) para desenvolver a versão final. À imagem final será atribuída a seguinte licença: Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional (CC BY-NC-SA 4.0). Isso significa que a imagem poderá ser compartilhada e adaptada desde que os créditos sejam atribuídos e que o uso não seja comercial.

Os critérios para a seleção da imagem vencedora são:
– Clareza e aderência a proposta: capacidade de comunicação de forma direta, compreensível e estruturada a proposta da solução e em consonância com a proposta temática.
– Simplicidade, clareza e coerência: representação visual clara dos conceitos propostos pelo edital.
– Acessibilidade: apresentação dos conceitos de forma compreensível para diferentes públicos.
– Síntese: condensação das ideias centrais em uma representação objetiva
– Impacto visual: criação de uma imagem atraente e memorável, que chame a atenção e permaneça na lembrança.
– Representação gráfica: qualidade, coerência e adequabilidade das composições das representações gráficas. Entende-se como representações gráficas o conjunto de desenhos, textos, cores, texturas e outros elementos que facilitam e detalham o entendimento da solução proposta.
– Abordagem de justiça climática: a proposta deve considerar os impactos sociais, econômicos e ambientais das soluções propostas, de modo a promover a justiça climática nesse contexto.

Posteriormente, as imagens produzidas e selecionadas durante a hackatona serão expostas em local e data a definir.

Gratuito

Vagas: 50

Inscrições

As inscrições devem ser feitas pelo formulário disponível aqui.
A seleção será feita por ordem de inscrição.
As inscrições estarão abertas até o início da Oficina, no local, desde que haja vagas disponíveis.

Crédito da imagem: Jeffrey Raven, 2016.

Em caso de dúvidas, os interessados poderão contactar o Grupo de Trabalho Clima e Cidade do IABsp através do seguinte e-mail: gt_emergenciaclimatica@iabsp.org.br

Proponentes: Arq. Profa. Dra. Renata Priore Lima (UNIP); Arq. Ms. Antonio Castelo Branco Teixeira Jr. (Amora Perdizes); Arq. Profa. Dra. Beatriz de Almeida Pacheco (UNIP); Arq. Ms. Thamires Zelinda dos Santos Souza (FAU Mackenzie).

Essa oficina será um espaço de reflexão e ação coletiva, centrado na relação entre a cidade e suas águas. O debate inicial trará registros de caminhadas realizadas previamente pelas duas bacias vizinhas (Água Preta e Sumaré), levantando questões sobre como articular soluções locais com o planejamento integrado da bacia hidrográfica. A discussão abordará projetos de drenagem sustentável e infraestruturas verde-azuis, explorando desde técnicas de microdrenagem, como pavimentos permeáveis, jardins de chuva, lagoas de biorretenção e biovaletas; até estratégias de macrodrenagem em escala territorial, como parques lineares, parques inundáveis e corredores ecológicos, que promovem a retenção e infiltração da água no tecido urbano.

Partindo de caminhadas técnicas pelas bacias dos córregos Sumaré e Água Preta, que são áreas marcadas por nascentes encobertas, projetos piscinões sobre praças e a degradação de áreas verdes protegidas, a atividade busca identificar conflitos e oportunidades para implantar Soluções Baseadas na Natureza (SBN) e desenvolver propostas, por meio de maquete e croquis.
Esta oficina surge da urgência em repensar o papel da arquitetura e do projeto urbano diante da crise hídrica e climática em São Paulo. O foco está sobre estas duas bacias hidrográficas (Sumaré e Água Preta), localizadas na Zona Oeste da cidade de São Paulo, que abrigam córregos canalizados e obras inacabadas de infraestrutura cinza, além de testemunharem a redução de áreas verdes devido à remoção da cobertura vegetal para dar lugar a novos condomínios. A isso, somam-se projetos institucionais de piscinões sobre praças arborizadas e novas estações de metrô, que agravam as inundações na área e a formação de ilhas de calor. Diante desse cenário, propõe-se um laboratório prático para redesenhar as infraestruturas urbanas. A iniciativa demonstra como a arquitetura pode mediar a relação entre técnica e território, convertendo espaços degradados em sistemas multifuncionais que integram drenagem, biodiversidade e uso público.

Vagas: 120

Gratuito

Inscrições:

As inscrições devem ser feitas pelo formulário disponível aqui.

A seleção será feita por ordem de inscrição.

As inscrições estarão abertas até 5 de outubro de 2025.

O setor da construção civil responde por quase 40% das emissões globais de carbono, e a adoção de materiais renováveis se torna fundamental diante do cenário de emergência climática. Nesse contexto, a madeira engenheirada destaca-se como alternativa viável, incorporando CO₂ em seu ciclo de crescimento, reduzindo cargas estruturais e permitindo soluções pré-fabricadas que minimizam o desperdício no canteiro. Contudo, projetar com essas tecnologias exige que o profissional domine diretrizes específicas, tópicos ainda pouco abordados na formação tradicional de arquitetos no Brasil.

A oficina Entre lâminas e vãos atua justamente nessa lacuna de conhecimento, estimulando a interação tátil e direta com o material e difundindo conceitos de concepção de estruturas de madeira em um contexto brasileiro. Em grupos, os participantes receberão kits com peças em escala reduzida para desenvolverem um projeto arquitetônico de pequena complexidade auxiliados por arquitetos e engenheiros especializados em estruturas do tipo. O processo configura-se como uma investigação coletiva, na qual hipóteses são testadas diretamente no ato construtivo da maquete.

De modo geral, a oficina se desenvolve como uma experiência imersiva que combina aprendizado técnico, prática projetual e reflexão crítica sobre sustentabilidade. Partindo das possibilidades construtivas reais da Madeira Laminada Colada (MLC), a atividade propõe a confecção de maquetes físicas como principal ferramenta de experimentação e concepção de estruturas de madeira. Dessa forma, a oficina busca recuperar práticas manuais para aprendizado e aplicação de tecnologia de ponta como contribuição para uma arquitetura nacional mais sustentável.

Gratuito
Vagas: 30

Inscrições:
As inscrições devem ser feitas pelo formulário disponível aqui.
A seleção será feita com base na formação e atuação profissional dos inscritos, formando um grupo diverso com diferentes vivências.
As inscrições estarão abertas até 30 de setembro.

Pavilhão da Oca | 1º andar | Lab Vivo

A oficina propõe praticar a precariedade como potência poética na arquitetura. Inspirados por referências como Cecilia Vicuña, Antonio Bispo, Manoel de Barros e Bachelard, os participantes criarão pequenas construções efêmeras exercitando formas de habitar que tecem caminhos possíveis de envolvimento com o mundo.

Vitor Barão

Biólogo e Mestre em Ciências pelo Dpto. de Botânica da USP, fotógrafo e cozinheiro autodidata, atua como artista multidisciplinar entre as linguagens da arte, ciência, natureza, cozinha e tecnologia. É pesquisador, consultor e professor de biomimética, documentarista de processos criativos e co-fundador do Gramáticas da Natureza que atua com educação, ciência e poética.

Carolina Coronato

Artista e educadora, desenvolve sua pesquisa e prática artística a partir da construção de cartografias – representações estético-poéticas de territórios subjetivos – lugares onde se materializam percepções e atravessamentos nascidos no encontro com e na natureza. É cofundadora do Gramáticas da Natureza, abordagem que propõe modos poéticos de relação com o mundo natural.

Gramáticas da Natureza

Gramáticas da Natureza é uma plataforma que investiga modos de conhecer e experienciar a natureza. O projeto propõe residências, instalações, expedições, oficinas e banquetes performativos adotando as linguagens de arte e da ciência como pontes para a experiência. Em suas ações, o coletivo ativa formas de cuidado e construção de subjetividade a partir da relação entre paisagem, estética e compartilhamento.

Vagas: 20

Tempo de duração: 60 minutos

Gratuito

Inscrições:

As inscrições devem ser feitas pelo formulário disponível aqui.

As inscrições estarão abertas até o inicio oficina, no local, desde que haja vagas disponíveis.

A seleção será feita por ordem de inscrição. Haverá reserva de ao menos 2 vagas afirmativas por turma.

 

O CLIMATIVA, composto por duas grandes etapas, viabiliza uma abordagem transversal na administração pública municipal para construção participativa e autônoma do PAC. Esse método traz para a construção de respostas ao enfrentamento da crise climática a população que invariavelmente é atingida pelas consequências dos eventos extremos.

Durante a etapa de avaliação de riscos, dados de caracterização do território, eventos danosos, projeções climáticas, políticas públicas, infraestrutura e uso do solo são analisados para verificar uma indicação inicial de riscos climáticos. Posteriormente são feitas outras duas leituras de riscos climáticos territoriais, por meio de oficinas participativas. Um primeiro conjunto de oficinas busca entender a situação pelo olhar dos técnicos que atuam junto a administração municipal e, um segundo conjunto, pela voz da população. O resultado da primeira etapa é uma avaliação de risco climático construída coletivamente, a partir da qual se faz recomendação de ações climáticas pertinentes àquele contexto. Esse primeiro filtro das ações é levado para priorização da população e, na sequência, para o detalhamento técnico e redação do PAC.

Recomenda-se que o processo seja iniciado a partir da prefeitura municipal, ente responsável pela implementação e monitoramento do PAC. Contudo a condução dos trabalhos de elaboração do PAC é feita por um grupo gestor composto por técnicos municipais e representantes da sociedade civil. Além de dar maior legitimidade ao PAC, essa parceria se mostra essencial para ampliação da visão sobre os desafios municipais a crise climática questão, expandido o repertório de respostas possíveis para aquele território.

Vagas: 25

Gratuito

Inscrições

As inscrições devem ser feitas pelo formulário disponível aqui.

Será dada prioridade para servidores públicos e pessoas com atuação profissional em cidades de pequeno e médio porte.

As inscrições estarão abertas até 24 de setembro de 2025.

A Agricultura Urbana e Periurbana é uma das estratégias para conter o avanço da expansão urbana, sendo uma atividade econômica compatível com a natureza. Nesse contexto, a cadeia produtiva das ornamentais é muito relevante na Zona Rural Sul de São Paulo, territorial e economicamente. Por isso o Programa Sampa+Rural tem feito um trabalho focado inovador no apoio à transição agroecológica destes cultivos, com assistência técnica e extensão rural, num piloto envolvendo 20 agricultores. O que implica na adoção de práticas conservacionistas, intensificação de tratos biológicos através do uso de bioinsumos sólidos e líquidos, cobertura constante do solo e principalmente a eliminação do uso de herbicidas e/ou outras práticas que danifiquem a permeabilidade dos solos.

Convidamos profissionais do paisagismo a contribuir para uma cidade mais verde e sustentável, junto a produtores rurais e agentes públicos da Prefeitura de São Paulo (SMDET e SVMA). Queremos entender as necessidades de compras desse mercado e possibilidades de apoio nesse caminho para sustentabilidade, como a inclusão de espécies nativas e incentivo à produção local e sustentável. A atividade busca incentivar o diálogo entre esses atores, visando construir uma conscientização e maturidade do mercado em relação à importância do modo de produção agroecológico no município, para que essas iniciativas possam ser valorizadas e potencializadas. Além de trazer para o debate a questão das espécies nativas, que são pesquisadas e cultivadas pela SVMA no Viveiro Manequinho Lopes, e que poderiam ser produzidas nos locais de agricultura, gerando benefícios ecossitêmicos para a cidade. Entendemos que, quanto mais espaço este tipo de produção ganhar, maior pode ser a adesão dos demais produtores convencionais rumo a uma cidade mais saudável para todas as formas de vida. No âmbito da 14ª Bienal Internacional de Arquitetura, propomos este encontro buscando estabelecer conexões na construção de um manejo sustentável apropriado para a região, que possa colaborar e impactar toda a cidade ambiental e economicamente.

Venha fazer parte dessa construção de inovação e solução baseada na natureza frente às mudanças climáticas!

25/09 – 13h às 17h

13h às 15h – visita ao Viveiro Manequinho Lopes (Umapaz/SVMA) para conhecer espécies nativas ornamentais cultivadas pela Prefeitura.

15h às 17h – roda de conversa com arquitetas(os) paisagistas, agricultoras(es) e agentes municipais: “Por uma cadeia produtiva sustentável de plantas ornamentais na cidade de São Paulo”, Umapaz.

Público-alvo: profissionais do paisagismo, produtores de ornamentais, agentes públicos

Vagas: 50

Inscrições:

As inscrições devem ser feitas pelo formulário disponível aqui.

A seleção será feita por ordem de inscrição.

Após uma palestra interativa conduzida pelos arquitetos e urbanistas José Bueno e Riciane Pombo, convidaremos os participantes para uma caminhada guiada pelo Parque para compreender a formação do Lago do Ibirapuera pela Bacia do Rio Sapateiro com o suporte do Audio Guia “Aguas do Ibirapuera” produzido em parceria com o Museu de Arte Moderna em 2022

Rios e Ruas foi criado em 2010 pelo arquiteto e urbanista social José Bueno e o geógrafo Luiz de Campos Jr para transformar a percepção de milhões de brasileiros a respeito da realidade sofrida de rios e riachos confinados vivos sob o tecido urbano das cidades. Tem por missão promover e inspirar múltiplas ações para estimular a descoberta, o reconhecimento e o desejo de rios saneados e regenerados nas cidades brasileiras.

Mais do que um projeto de educação socioambiental, Rios e Ruas integra arte, ciência e cultura de uma forma única, tendo inspirado e realizado centenas de ações ao longo de sua trajetória de 15 anos de existência. Essas ações já impactaram milhares de pessoas, seja por meio de expedições pela cidade, mostras culturais e artísticas, publicações, documentários, palestras inspiradoras ou como tema central em inúmeras matérias na imprensa.

Riciane Pombo é arquiteta e urbanista fundadora da Guajava Arquitetura da Paisagem e Urbanismo. Especialista em projetos de arquitetura e planejamento ambiental e urbano, como parques, praças e restauração de rios, sistemas de drenagem para bacias hidrográficas aplicando princípios de infraestrutura verde e Soluções Baseadas na Natureza – SBN. Desenvolvimento de materiais técnicos e didáticos sobre SBN apoiando a formulação de politicas publicas para este tema em âmbito nacional e internacional.

Vagas: 50

Gratuito

Inscrições:

As inscrições devem ser feitas pelo formulário disponível aqui.

A seleção será feita por ordem de inscrição.

As inscrições estarão abertas até o inicio da Oficina, no local, desde que haja vagas disponíveis.

Mini-oficinas de Biomateriais
Pensadas como espaços de reflexão e experimentação, as oficinas de biomateriais introduzem os conceitos de circularidade e regeneração por meio de práticas coletivas que transformam resíduos orgânicos do cotidiano em novas materialidades. Mais do que explorar aspectos técnicos e tangíveis, a proposta evidencia que o campo dos Biomateriais demanda posicionamento político e responsabilidade socioambiental com territórios e biomas, ao mesmo tempo em que valoriza confluências entre vidas humanas e mais-que-humanas.

Laboratório de Biodesign | Circularidade e Biomateriais I IED São Paulo
É um espaço de fomento da criatividade, colaboração e inovação, que conecta ensino, pesquisa e extensão com reconhecimento nacional e internacional. Mais do que desenvolver materiais, o Laboratório de Biodesign | Biomateriais e Circularidade propõe que sejam repensadas as próprias bases tangíveis do design, ampliando suas fronteiras epistemológicas e cultivando futuros inclusivos e regenerativos.

Coordenação
Arquiteta e Urbanista, com mestrado em Design pela Universidade de São Paulo, Graziela Nivoloni atua na interseção entre educação, natureza e negócios conectando inteligência coletiva e pensamento sistêmico para criar confluências entre ensino, empresas e organizações. No IED, lidera o Laboratório de Biodesign | Circularidade e Biomateriais, integra o conselho acadêmico do Centro de Inovação, Design e Negócios (CR+IED) e coordena a graduação em Design de Produto e Serviço e os cursos em parceria com a Casa Vogue.

Vagas: 20 em cada oficina

Tempo de duração: 30 minutos

Gratuito

Inscrições:

As inscrições devem ser feitas pelo formulário disponível aqui.

As inscrições estarão abertas até o inicio da Mini oficina, no local, desde que haja vagas disponíveis.

A seleção será feita por ordem de inscrição. Haverá reserva de ao menos 2 vagas afirmativas por turma.

Programação confirmada

19/setembro – sexta-feira – 15h

19/setembro- sexta-feira – 17h

23/setembro – terça-feira – 15h

23/setembro – terça-feira – 17h

25/setembro – quinta-feira – 15h

25/setembro – quinta-feira – 17h

30/setembro – terça-feira – 15h

30/setembro – terça-feira – 17h

2/outubro – quinta-feira – 15h

2/outubro – quinta-feira – 17h

7/outubro – terça-feira – 15h

7/outubro- terça-feira – 17h

9/outubro – quinta-feira – 15h

9/outubro – quinta-feira – 17h

14/outubro – terça-feira – 15h

14/outubro – terça-feira – 17h

16/outubro – quinta-feira – 15h

16/outubro – quinta-feira – 17h

Mini-oficinas de Biomateriais
Pensadas como espaços de reflexão e experimentação, as oficinas de biomateriais introduzem os conceitos de circularidade e regeneração por meio de práticas coletivas que transformam resíduos orgânicos do cotidiano em novas materialidades. Mais do que explorar aspectos técnicos e tangíveis, a proposta evidencia que o campo dos Biomateriais demanda posicionamento político e responsabilidade socioambiental com territórios e biomas, ao mesmo tempo em que valoriza confluências entre vidas humanas e mais-que-humanas.

Laboratório de Biodesign | Circularidade e Biomateriais I IED São Paulo
É um espaço de fomento da criatividade, colaboração e inovação, que conecta ensino, pesquisa e extensão com reconhecimento nacional e internacional. Mais do que desenvolver materiais, o Laboratório de Biodesign | Biomateriais e Circularidade propõe que sejam repensadas as próprias bases tangíveis do design, ampliando suas fronteiras epistemológicas e cultivando futuros inclusivos e regenerativos.

Coordenação
Arquiteta e Urbanista, com mestrado em Design pela Universidade de São Paulo, Graziela Nivoloni atua na interseção entre educação, natureza e negócios conectando inteligência coletiva e pensamento sistêmico para criar confluências entre ensino, empresas e organizações. No IED, lidera o Laboratório de Biodesign | Circularidade e Biomateriais, integra o conselho acadêmico do Centro de Inovação, Design e Negócios (CR+IED) e coordena a graduação em Design de Produto e Serviço e os cursos em parceria com a Casa Vogue.

Vagas: 20 em cada oficina

Tempo de duração: 30 minutos

Gratuito

Inscrições:

As inscrições devem ser feitas pelo formulário disponível aqui.

As inscrições estarão abertas até o inicio da Mini oficina, no local, desde que haja vagas disponíveis.

A seleção será feita por ordem de inscrição. Haverá reserva de ao menos 2 vagas afirmativas por turma.

Programação confirmada

19/setembro – sexta-feira – 15h

19/setembro- sexta-feira – 17h

23/setembro – terça-feira – 15h

23/setembro – terça-feira – 17h

25/setembro – quinta-feira – 15h

25/setembro – quinta-feira – 17h

30/setembro – terça-feira – 15h

30/setembro – terça-feira – 17h

2/outubro – quinta-feira – 15h

2/outubro – quinta-feira – 17h

7/outubro – terça-feira – 15h

7/outubro- terça-feira – 17h

9/outubro – quinta-feira – 15h

9/outubro – quinta-feira – 17h

14/outubro – terça-feira – 15h

14/outubro – terça-feira – 17h

16/outubro – quinta-feira – 15h

16/outubro – quinta-feira – 17h

A proposta da oficina “Ensaio para o Depois” consiste na atividade de reutilização crítica e criativa de material descartado em obras e montagens cenográficas e de elementos trazidos pelos participantes. Será a primeira ação presencial da SuB, uma comunidade de arquitet@s de distintas regiões do Brasil, que se reúnem periodicamente para conversar sobre o campo ampliado da arquitetura, artes e prática profissional. Os membros dessa comunidade vivenciam nesses encontros a possibilidade de diálogo entre distintos profissionais fora do ambiente estritamente acadêmico. Esse é um resultado de uma iniciativa de arquitet@s que após concluírem doutorado, perceberam a lacuna que havia no diálogo entre os profissionais da área acadêmica e os que trabalham na prática da profissão e em outros campos da arquitetura.

O objetivo geral da proposta não é apenas ensaiar construções em cenários extremos e reutilizar o que já existe, mas, sobretudo, criar em comunidade. A Oficina poderá oferecer aos visitantes da Bienal de São Paulo a oportunidade de conhecer outras pessoas, não só opinando em palestras ou rodas de conversa, mas também levando para casa aquilo que constroem coletivamente. De modo similar, a Comunidade SuB vem promovendo, nos últimos meses, encontros de conversas, pautados em eixos temáticos atuais e urgentes, com profissionais de diferentes áreas dentro da arquitetura, muitos dos quais atuam no campo ampliado entre arte e arquitetura.

Assim, nessa ocasião, por meio da manipulação dos objetos descartados, esperamos que a oficina conduza os participantes por uma experiência sensorial, reflexiva, construtiva e colaborativa, ativando imaginários sobre como habitar os mundos que virão. Ao fim, teremos ensaiado criativamente, diante da precariedade e da escassez, como transformar usos e significados dos objetos disponibilizados a fim de recriar a noção de indivíduo/comunidade. Tendo como plano de fundo a emergência climática e social, ensaiaremos os limites e as possibilidades de projetar no improviso e no desconforto, indagando as implicações de um corpo coletivo nas construções do Depois. Ao experimentar em grupo formas mínimas construídas, os participantes ativam senso de cooperação, capacidade fundamental para reconstruir a ideia de comunidade em tempos de crise. O Depois que se ensaia aqui é baseado na emergência, e um convite a imaginações coletivas e a futuros possíveis, construídos em comum.

Vagas: 25 em cada dia

Gratuito

Inscrições:

As inscrições devem ser feitas pelo formulário disponível aqui.

A seleção será feita por ordem de inscrição.

As inscrições estarão abertas até o inicio da Oficina, no local, desde que haja vagas disponíveis.

É possível se inscrever para os dois dias de Oficina.

Primeiro Tempo (duração: 45 minutos)
Domingo 28 de Setembro, 11h

De uma certa maneira podemos dizer que a evolução da cidade de São Paulo está fortemente ligada ao uso que foi feito das várzeas de seus rios, de local para jogar futebol, a local de saneamento, a áreas habitadas, com avenidas do fundo vale e zonas ocupadas. Alguns bairros de São Paulo e da periferias são totalmente construídos na várzea e por isso é fundamental falar sobre o que significa habitar e ocupar essas áreas, ainda mais em tempos de mudanças climáticas.
O futebol da várzea, agora conhecido como futebol amador, era inicialmente praticado na várzea. Terras onde os rios se expandem quando carregam muita água. Jogar futebol numa várzea significava ter uma relação temporal com a água. Você só podia jogar quando não tinha muita água.

Estamos acostumados a fazer uma distinção entre áreas onde há sempre água, como rios, lagos, e áreas onde não vemos água, e então colocamos casas para morar. O homem tentou tornar essa distinção entre água e terra, fixa e permanente. Desenhando-a em mapas e colocando muros ao redor de rios, represas, para que a água não saia do espaço que o homem decidiu que é dela, para que a agua não invada o espaço que o homem habita. Mas vemos constantemente que a água escapa, não pode ser contida.

Esta oficina é um convite a conversar sobre como você quer coexistir com a água na cidade de São Paulo, jogando futebol de várzea.

Usaremos apenas uma metade do campo, um so’ gol. Sem goleiro.
Os participantes começam em círculo e com o passar do tempo, com o jogo, se espalham pelo campo. No início a bola está no centro do círculo. Quem quer começar a falar, a dar a sua opinião, vai e pega a bola. Quem concorda e quer continuar a fala pede a bola e se alguém quiser dizer algo diferente ou contrário, a rouba o intercepta o passe.
Pode ser que durante esse processo duas ou mais equipes -grupos de pessoas com ideias semelhantes- se formem naturalmente.
Marcar um gol, nesse processo, torna-se uma forma de marcar um ponto-chave na discussão para quem fala (ou seu grupo).

Vagas: Mínimo 10 participantes – máximo 22 participantes

Inscrições:

As inscrições devem ser feitas pelo e-mail: alessio.mazzaro@polito.it

Enviar: Nome e telefone de contato

Todos são bem vindos a participar.

A seleção será feita por ordem de inscrição.

Inscrições até 26 de setembro

A oficina será gravada (audio e video).

O workshop “A Arquitetura de Oscar Niemeyer no Parque Ibirapuera e o Desafio Climático” convida os participantes a refletirem sobre a relação entre modernismo, cidade e sustentabilidade.

O ponto de partida será o conjunto arquitetônico do Parque Ibirapuera, marco de celebração do modernismo brasileiro, onde Niemeyer propôs espaços fluídos, leves e abertos à convivência. Mais de meio século depois, esses mesmos edifícios e sua inserção no parque se tornam campo fértil para uma questão atual: de que maneira a arquitetura pode responder às exigências de conforto ambiental e às transformações impostas pelas mudanças climáticas?

O objetivo do curso é desenvolver a observação crítica por meio do desenho, explorando como elementos arquitetônicos — como a monumentalidade das curvas, o uso do concreto, a relação entre espaços cobertos e abertos — dialogam com fatores ambientais como insolação, sombreamento, ventilação e drenagem. A proposta combina momentos teóricos, que apresentam a história do Parque Ibirapuera e seu impacto no planejamento urbano de São Paulo, com atividades práticas de desenho de observação no próprio espaço do parque.

As práticas artísticas serão voltadas ao aprendizado e ao aprimoramento de técnicas como traços, proporção, perspectiva e estudo da luz, incentivando cada participante a registrar percepções próprias e a traduzir em desenho a experiência de observar a arquitetura em contexto climático. No final do curso haverá uma exposição dos trabalhos desenvolvidos.

O workshop é conduzido pelo professor arquiteto Leopoldo Schettino, italiano, formado pela Facoltà di Architettura da Università degli Studi di Napoli Federico II e Mestre em Arquitetura e Urbanismo pela FAU-USP. Sua atuação inclui sua contratação da prefeitura de Pompei (Nápoles), no desenvolvimento do plano diretor da cidade e em projetos de requalificação de áreas livres — como praças e jardins —, experiência que consolidou sua reflexão sobre a relação entre espaço urbano, paisagem e qualidade de vida.

A experiência internacional também se estende a encontros e workshops na Itália, em Portugal e na Espanha, orientados por arquitetos de renome como Álvaro Siza, Aires Mateus e João Nunes, que ampliam constantemente sua visão crítica e projetual. No Brasil, seu percurso se conecta a colaborações com importantes escritórios, entre eles Oscar Niemeyer Arquiteto, Isay Weinfeld e Pascali Semerdjian Arquitetos. Especialista em técnicas de desenho tradicionais e digitais, Leopoldo Schettino articula prática de projeto e ensino, oferecendo um olhar sensível, crítico e pragmático sobre a arquitetura e seu papel nos desafios contemporâneos.

Vagas: 50 (as vagas foram ampliadas)

Gratuito

Atenção: A oficina se dará em duas aulas, nos dias 10 e 12 de outubro. Não é possível participar apenas de um dos dias.


Inscrições:

As inscrições devem ser feitas pelo formulário disponível aqui.

A seleção será feita por ordem de inscrição.

As inscrições estarão abertas até 30 de setembro de 2025.


“Imaginando Arquiteturas para um Mundo Quente” é uma oficina prática de 20 horas que convida participantes a explorar os potenciais especulativos da inteligência artificial aplicada à imaginação urbana em tempos de emergência climática. Utilizando o software ComfyUI (Stable Diffusion), os participantes aprenderão a manipular imagens urbanas para projetar intervenções visuais que respondam criticamente a cenários de risco, injustiça e colapso, mas também imaginem futuros sustentáveis, regenerativos e desejáveis.

A oficina busca ampliar o leque imaginativo dos participantes ao propor a criação de composições visuais tanto utópicas quanto distópicas, articulando narrativas visuais que reflitam sobre a crise climática de forma crítica e criativa. A IA é aqui entendida como ferramenta de mediação estética e política, capaz de tensionar a relação entre representação e ação no contexto urbano.

Dividida em cinco módulos — introdução, duas sessões de produção, finalização e exposição —, a oficina combina teoria, prática e criação coletiva. O produto final será uma exposição pública no espaço da Bienal, composta por imagens projetadas . A proposta se alinha aos eixos curatoriais da 14ª BIAsp ao abordar justiça climática, adaptação urbana e reflorestamento simbólico das cidades.

Aberta a estudantes, arquitetos, urbanistas, artistas e demais interessados, a atividade contará com até 20 participantes, selecionados a partir de uma carta de intenção e portfólio. Cada participante deverá trazer seu próprio notebook com capacidade para rodar o ComfyUI ou utilizar um serviço em nuvem (como RunPod). A oficina fornecerá tutoriais de instalação e orientação prévia. A infraestrutura de internet, mesas, cadeiras e datashow será provida pela Bienal.

A oficina é gratuita, mediante inscrição e processo seletivo

O produto final será uma instalação coletiva aberta ao público no espaço da Bienal.

Vagas: 10

Gratuito

Sobre os proponentes:

Victor Sardenberg é arquiteto e pesquisador, com atuação voltada à experimentação em projeto arquitetônico, especialmente nas áreas de estética computacional, fabricação robótica e inteligência artificial. Em sua tese de doutorado na Leibniz Universität Hannover (Alemanha), desenvolveu um framework computacional para a predição de preferências estéticas utilizando redes neurais artificiais. Atualmente é pesquisador de pós-doutorado na Universidade Presbiteriana Mackenzie e docente na Detmolder Schule für Gestaltung (Alemanha).

Camila Zyngier é arquiteta e urbanista, professora da UFMG e pesquisadora nas áreas de planejamento urbano, geotecnologias e metodologias participativas. Seu trabalho combina prática acadêmica e crítica criativa, explorando temas como visualização urbana e inteligência artificial no urbanismo.

Marcella Carone é arquiteta, designer computacional e professora. Mestre pela AA (MSc EmTech) e graduada pelo Mackenzie, tem mais de uma década de experiência em projetos de múltiplas escalas. Atua com viabilidade, design algorítmico, IA, otimização e fabricação digital. É diretora criativa da M3C1, escritório que investiga as interseções entre arquitetura, urbanismo, design e tecnologia, e leciona na pós-graduação da Universidade Mackenzie, além de ministrar workshops sobre IA e design computacional.

Estrutura

Módulo 1: Introdução e Contextualização (15/9 – 19:30 às 22:00 – Online) Apresentação da 14ª BIAsp e seu tema Exemplos de imagens e intervenções com IA Instalação e introdução ao ComfyUI

Módulo 2: Produção I – Intervenções Desejáveis (19/9 – 14:00 às 19:00 – Presencial) Representar riscos e injustiças climáticas (distopias, colapsos, resistências)

Módulo 3: Produção II – Cenários de Advertência (20/9 – 14:00 às 19:00 – Presencial) Reimaginar a cidade com foco em soluções positivas (utopias climáticas)

Módulo 4: Finalização das Imagens e Impressão (21/9 – 14:00 às 19:00 – Presencial) Curadoria das imagens produzidas Preparação dos arquivos para impressão/exposição

Módulo 5: Exposição dos Resultados Instalação coletiva no espaço da BIAsp (projeção e/ou impressões) Conversa aberta com o público e participantes Organização do Produto final: exposição das imagens geradas, impressas ou projetadas em parede. A oficina termina com um momento expositivo aberto ao público.

Inscrições:

As inscrições devem ser feitas pelo e-mail: vsardenberg@gmail.com

A seleção será feita após análise do material enviado na inscrição.

Documentos a serem enviados no ato da inscrição:

  • Nome completo
  • E-mail e telefone de contato
  • Cidade de residência
  • Carta de intenção (com aproximadamente 3 parágrafos)
  • Até 3 imagens de trabalhos anteriores que ajudem a demonstrar o perfil criativo e/ou técnico da pessoa candidata (podem ser incluídas no PDF ou enviadas separadamente)

Critérios de seleção:

  • Os participantes serão selecionados com base na carta de intenção e nos exemplos de trabalho enviados, considerando:
  • Clareza e profundidade do interesse pela temática da oficina
  • Qualidade e coerência das imagens apresentadas
  • Diversidade de perfis e áreas de atuação entre os selecionados

Prazo para inscrição:

  • As inscrições estarão abertas até 13 de setembro de 2025.
  • O resultado será divulgado por e-mail até 14 de setembro de 2025.

Outras informações:

  • Os participantes devem trazer seus próprios notebooks com capacidade para rodar o ComfyUI, ou trazer um laptop mais simples arcar com custos de uso de um serviço em nuvem (como o RunPod, aprox. 10 USD).
  • Um tutorial com instruções de instalação e preparo será enviado previamente aos selecionados.

Participe da programação de debates, oficinas e atividades associadas!

HOJE (28.09):

10h às 14h – atividade Território do Rio Bixiga refloresta canudos na Horta Denuzia

10h às 18h30 – 4º Festival da Jóia no Parque da Jóia

11h às 12h – oficina Primeiro Tempo

13h às 14h30 – oficina CLIMATIVA: Plano de Ação Climática para cidades brasileiras

13h às 21h – Fórum SP Meeting

NOS PRÓXIMOS DIAS (29.09 a 04.10)

29.09 a 03.10 – oficina Embodied landscapes

30.09 e 02.10 – Mini-oficinas de Biomateriais no Lab Vivo

30.09 – Visita guiada da Ação Pantanal

01.10 – conferência Meios de produção com Jane Hall

01.10 e 02.10 – sessão 4 e sessão 5 da mostra Cinema, arquitetura e sociedade na cinemateca

01.10 – oficina Entre lâminas e vãos: modelos de projetos em MLC

01.10 – oficina Gramáticas da Natureza – arquiteturas do ínfimo no Lab Vivo

02.10 – filme A Força da Forma – viga lenticular fletida em madeira no IABsp

02.10 – Quintas Ameríndias na Oca. Amazônias das Margens aos Extremos: Labya-Yala da FAU-USP

02.10 – mesas Preservar a biodiversidade na cidade + Árvores e Justiça Térmica

03.10 – mesas Políticas de moradia para a população em situação de rua e a experiência do Fundo FICA + Inovando a Regularização de Moradias Populares + Equipamentos culturais em edifícios históricos adaptados

03.10 – Oficina de Concepção de Estruturas de Madeira com FIBRA no IABsp

03.10 – Visita ao Parque Morro Grande

04.10 – Roda de conversa com Instituto Cambará e visita guiada

04.10 – Filme: Quando o Brasil era moderno

04.10 – A Paisagem, a Geografia e os Pássaros Refugiados. Leitura-Performática de Gian Gigi Spina

PARTICIPE! É TUDO GRATUITO!

E tem muito mais até 19 de outubro!

(Atividades e projetos ainda estão em processo de inclusão; em breve o site estará completo)

NOTA DE PESAR

Em profundo pesar, o Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento de São Paulo (IABsp) lamenta o falecimento do arquiteto e paisagista Kongjian Yu, uma referência global em urbanismo ecológico, e dos membros de sua equipe que o acompanhavam, tragicamente vitimados durante a gravação de um documentário. O instituto destaca a honra de tê-lo tido como participante na 14ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo, onde sua visão transformadora fortaleceu o diálogo entre desafios globais e realidades locais. O IABsp ressalta que a contribuição de Yu, que transcende fronteiras, permanecerá como inspiração para gerações e expressa suas condolências à China, aos familiares de todos os falecidos, amigos e a todos os impactados por seu gênio e dedicação. Leia a nota completa aqui.