13ª

Ministério do turismo, secretaria especial da cultura e belgo bekaert arames apresentam

Praça Ramos de Azevedo
(pesquisa realizada pela cocuradora Carolina Vieira)

República, São Paulo - SP, 01037-010

Recorte da Planta Histórica da Cidade de São Paulo, de Affonso A. de Freitas, 1800-1874.

 

Até a metade do século XIX, a região era conhecida como Morro do Chá. Ali estava a Chácara do Chá do Barão de Itapetininga. Considerado um dos maiores capitalistas e proprietários de seu tempo, herdou o local de seu primo. Ele possuía “32 casas de aluguel em São Paulo, terrenos e chácaras […] três fazendas […], casa de máquinas, engenho e mais de 200 pessoas escravizadas”.

Em 1855, a região foi delimitada por conta da construção da Rua Formosa. No período, começou também a ser ocupada por cortiços, onde morava a população mais pobre (muitos alforriados, portanto).

Com a construção do Teatro Municipal, em 1910, os cortiços foram demolidos. A população negra que habitava ali foi, então, expulsa.

Em 1978, nas escadarias do Teatro, foi realizado “um ato para confirmar a criação do Movimento Negro Unificado”, significativo na luta antirracista.

*Texto atualizado, o original está publicado no Caderno de Campo do Coletivo Cartografia Negra.

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  1. BUENO, B. P. S. Tecido urbano e mercado imobiliário em São Paulo: metodologia de estudo com base na Décima Urbana de 1809. Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material, v. 13, n. 1, p. 59-97, 2005
  2. GUIMARÃES, Juca. MNU celebra 43 anos de resistência antirracista. Alma Preta, 7 jul. 2021. Cotidiano. Disponível em https://almapreta.com/sessao/cotidiano/mnu-aniversario. Acesso em: 3 maio 2022.

 

Praça Ramos de Azevedo. Recorte do Mapa do Google Maps